Bancários aprovam greve a partir da próxima terça

Proposta rejeitada foi de reajuste de 0,37% acima da inflação sobre salários, PLR e as demais verbas (Foto: Sindicato dos Bancários do DF/Divulgação) São Paulo – Bancários de pelo menos […]

Proposta rejeitada foi de reajuste de 0,37% acima da inflação sobre salários, PLR e as demais verbas (Foto: Sindicato dos Bancários do DF/Divulgação)

São Paulo – Bancários de pelo menos 58 bases sindicais do país rejeitaram, em assembleias realizadas na noite de quinta-feira (22) a proposta de reajuste salarial dos bancos. Desses, 57 aprovaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (27). As informações são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A decisão segue orientação do Comando Nacional dos Bancários. Uma nova negociação ocorre nesta sexta (23) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), às 14h, em São Paulo. Novas assembleias estão programadas para segunda-feira, a fim de avaliar o resultado da nova rodada de negociação e organizar o movimento.

A proposta rejeitada foi de reajuste de 7,8% sobre os salários, a participação nos lucros ou  resultados (PLR) e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche, entre outras). Na prática, índice representa 0,37% de aumento real – acima da inflação.

Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, entre outros itens. A data-base da categoria em todo o país é em 1º de setembro. A pauta da campanha salarial foi entregue em 12 de agosto, e uma série de rodadas de negociações foi realizada desde então.

Em São Paulo, mais de mil bancários compareceram à quadra do sindicato da categoria. “Vamos ouvir o que vão dizer (na reunião desta sexta)”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “É a última oportunidade que têm para apresentar uma proposta que valorize a categoria que todos os dias constrói o imenso lucro do setor.”

“Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, mas fizeram uma proposta com ganho real muito pequeno, não tem valorização do piso, nem elevação da PLR, desrespeitando quem produziu esses resultados gigantescos”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Eles nada ofereceram para gerar empregos e acabar com a rotatividade, muito menos para melhorar efetivamente as condições de saúde, segurança e trabalho”, critica.

No caso do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, a negociação é realizada separadamente das instituições privadas, representadas pela Fenaban. Nas rodadas de negociação mais recentes, realizadas na terça (20) e quarta-feira (21), respectivamente. Diante de propostas consideradas insatisfatórias, os trabalhadores também sinalizam com paralisação a partir da próxima terça.

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