Em São Paulo, servidores da saúde querem analisar proposta do governo

Alckmin anunciou projeto de reajuste que propõe índice 7%. Sindicato vê avanços, mas prefere avaliar íntegra do texto que será encaminhado à Assembleia

São Paulo – Após proposta de reajuste do governo de Geraldo Alckmin, anunciada na quinta-feira (11), os trabalhadores da rede estadual da saúde decidiram em assembleia nesta sexta (12) seguir com o estado de greve até que o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde de São Paulo (SindSaúde-SP) tenha acesso à íntegra do projeto de lei que será apresentado pelo Executivo autorizando o aumento.

A proposta que será encaminhada pelo governador à Assembleia Legislativa deve incluir índice de 7% de elevação e reestruturação nas carreiras e áreas administrativas, mas ainda é considerada obscura pelos servidores. Uma das queixas dos servidores é de que o aumento pode ser relativo, visto que é sobre o salário-base. O SindSaúde argumenta que, na prática, o índice se limita de 13% a 19%. A orientação da entidade é dar continuidade à mobilização até que se tenha conhecimento da proposta completa. A próxima atividade, porém, ainda não tem data definida.

O secretário-geral do SindSaúde, Helcio Aparecido Marcelino, pondera que o reajuste ainda é “insuficiente” para a maioria dos trabalhadores. “Isso (o reajuste) já é um avanço na postura que o governo adotou com a gente, mas vamos continuar dialogando com os servidores para garantir que venha algo melhor por aí”, disse. 

Em junho, a categoria promoveu uma paralisação de 48 horas que contou com a adesão de servidores de hospitais de várias cidades. Na ocasião, o secretário da Saúde, Giovanni Cerri, entregou ao sindicato proposta de reestruturação do plano de carreira da área técnica, mas os dirigentes a consideraram evasiva.

De acordo com nota oficial da Secretaria da Saúde, cerca de 200 mil servidores seriam atendidos com o reajuste, retroativo a julho. Alckmin afirmou que o impacto anual das medidas chegará a R$ 530 milhões. “É a maior reestruturação na área da Saúde em quase 20 anos”, ressaltou, durante evento no Palácio dos Bandeirantes.

Leia também

Últimas notícias