No segundo dia de mobilização, petroleiros de refinarias aderem à paralisação por PLR

Petrobras garante 'compromisso de manter continuidade operacional' da estatal

Funcionários da Regap, em Minas Gerais, realizaram mobilização (Foto: Divulgação/FUP)

São Paulo – Petroleiros de refinarias de várias partes do país aderiram, nesta quinta-feira (7), à paralisação da categoria por participação nos lucros ou resultados (PLR). As mobilizações tiveram início na quarta-feira (6) com a participação dos trabalhadores de 35 das 40 plataformas marítimas. O objetivo da ação articulada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) é pressionar a Petrobras a apresentar nova proposta de PLR.

Na Bahia, cerca de 200 trabalhadores de turno realizaram paralisação na Refinaria Landulpho Alves Mataripe (RLAM), pedindo paridade com a gerência no sistema de bonificação. Minas Gerais contou com a adesão de 95% dos funcionários que trabalham por turno e 40% do setor administrativo, na unidade de da Refinaria Gabriel Passos (Regap).

Funcionários da Termelétrica Aureliano Chaves e da Usina de Biodiesel Darci Ribeiro, em Montes Claros (MG), irão atrasar em duas horas a entrada do expediente no final da noite, às 23h30. Atividades semelhantes acontecem nas cidades de Manaus (AM), Duque de Caxias (RJ) e nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Em nota, a Petrobras afirmou que está disposta a negociar com os funcionários. “Apesar de ainda não se ter chegado a um acordo, a expectativa da companhia é buscar uma solução que atenda aos anseios dos empregados e seus representantes. A companhia garante o compromisso de manter a continuidade operacional da empresa, a segurança e o abastecimento do mercado”, pontuou.

A categoria reivindica o montante de 25% do valor de dividendos distribuídos aos acionistas da estatal. O percentual baseia-se, segundo a FUP, na Lei 10.101/2000 e na Resolução 10 do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), vinculado ao Ministério do Planejamento. São elas que definem regras para o pagamento de PLR em empresas públicas. Entre os indicadores propostos pelos sindicalistas, estão o lucro operacional líquido, custo de extração sem participações governamentais, produção de petróleo e gás natural no Brasil e processamento.

Segundo a programação da FUP, o estado de greve prossegue até esta sexta-feira (8), com a adesão dos funcionários dos terminais, termelétricas, usinas de biodiesel e unidades administrativas.