Metalúrgicos da CUT iniciam campanha salarial

Além de aumento real, sindicatos querem o reconhecimento dos Comitês Sindicais por Empresa, vistos como responsáveis pela melhoria do diálogo nas fábricas

Trabalhadores querem reajuste acima da inflação, licença maternidade de 180 dias, redução da jornada e valorização dos pisos (Foto: Rodrigo José/SMABC)

São Paulo – Os metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores deram início à campanha salarial deste segundo semestre. No sábado (9), uma plenária realizada na sede da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos (FEM-CUT), em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, definiu as diretrizes da mobilização deste ano.

Os trabalhadores querem reajuste salarial acima da inflação do período, ampliação da licença maternidade de 120 dias para 180 dias, redução da jornada de trabalho sem corte nos salários e valorização dos pisos na carreira. “O cenário econômico é bom, mas diferente do ano de 2010. Mas como em todos os anos, sempre conquistamos bons acordos graças ao nosso poder de organização e mobilização. Somos uma categoria referência no país e nesta campanha lutaremos para avançar no direitos sociais e manter os ganhos reais conquistados nos últimos anos”, afirmou o presidente da FEM, Valmir Marques , o Biro Biro.

Um dos focos da campanha deste ano será o reconhecimento da organização dos trabalhadores no local de trabalho por meio dos Comitês Sindicais de Empresa (CSEs). “No nosso ramo, os CSEs iniciaram em 1999 no ABC e hoje expandimos para Sorocaba, Taubaté e Salto. Queremos ampliá-los em toda a nossa base porque os Comitês têm sido  responsáveis pelo aumento do diálogo social nos locais de trabalho e pelo crescente estabelecimento de acordos e soluções de conflitos nas empresas.”

Segundo a federação, 175 companhias de sua base de atuação aceitaram essa representação sindical em caráter permanente. A CUT apresentou este ano ao governo federal uma proposta para a regulamentação dos comitês sindicais em todo o país por meio de legislação específica. “O direito dos trabalhadores de se organizarem no local de trabalho é uma grande luta e bandeira permanente para nós”, concluiu o líder sindical.

Com informações da FEM/CUT.

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