Sem acordo com a CPTM, linhas de trem seguem paralisadas

Atualizado quinta (02) às 19h05: Ferroviários acatam proposta do TRT e suspendem paralisação em São Paulo São Paulo – Os trabalhadores representados pelo Sindicato dos Ferroviários da Zona Central do […]

São Paulo – Os trabalhadores representados pelo Sindicato dos Ferroviários da Zona Central do Brasil das linhas 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) seguem em greve desde a 0h desta quarta-feira (1º).

Procurada pela Rede Brasil Atual, a entidade disse que os trens das linhas não voltarão a operar até que haja aprovação da proposta pelos trabalhadores. A CPTM alega que os ferroviários não estão operando de acordo com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, segundo a qual pelo menos 90% dos trens devem operar no horário de pico.

A Companhia informou às 17h30 que haverá operação do PAESE (transporte gratuito com ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU) no horário de pico das 16h às 20h nas linhas afetadas, principalmente nas extremidades das linhas 8, 9 e 11. A empresa recomendou também que os usuários evitem se deslocar neste horário, em razão da grande movimentação já apresentada.

As outras linhas paralisadas, 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), cujos trabalhadores são representados pelo Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, operam em Plano de Contingência, definido pelo TRT. Novas assembleias estão marcadas para as 18h desta quarta.

A CPTM apresentou nova proposta ao sindicato, em que amplia o reajuste de 3,07% para 3,27%, que corresponde a 1,75% do IPC/Fipe do período de janeiro e fevereiro de 2011 com 1,5% de aumento real. A empresa também propôs aumento de 8,77% do vale-refeição e de 3,27% no auxílio-maternidade.

Segundo boletim do sindicato da zona Sorocabana, a contraproposta da CPTM “embora tenha apresentado algo de novo à categoria, ainda está longe de atender às suas reivindicações”. As entidades reivindicam reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro de 2011 pelo maior índice (INPC-IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), além de aumento real de 5% de mudanças no plano de cargos e salários (PCS). A data-base é 1º de março.

A nova proposta da CPTM, que é vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, será analisada pelos trabalhadores grevistas em assembleia no final da tarde.

Os demais sindicatos, como os Ferroviários de São Paulo (que representa as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa) e o Sindicato dos Engenheiros de São Paulo também rejeitaram a proposta feita pela CPTM, mas decidiram manter o estado de greve (continuam no trabalho, mas podem decidir pela greve a qualquer momento) e esperar por novas propostas.