Greve na CPTM: cresce a adesão dos ferroviários a partir desta quinta em SP

Sistema de trens deve ficar com seis linhas atingidas. Trabalhadores cobram nova proposta salarial

São Paulo – Os ferroviários representados por mais um sindicato aderiram à paralisação iniciada nesta quarta-feira (1º) em quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, que havia decidido manter estado de greve, aderiu ao movimento. Os trabalhadores ligados ao Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana e da Zona Central do Brasil decidiram manter os braços cruzados.

Eles rejeitaram a proposta de 3,27% de reajuste oferecida pela CPTM. Com isso, as linhas 11-Coral (Luz-Estudantes), 12-Safira (Brás-Calmon Viana), 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) devem seguir paralisadas. As linhas linhas 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí) e 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra) devem ser atingidas a partir desta quinta-feira (2).

Uma audiência entre a empresa e os sindicatos está marcada para as 11h desta quinta. Segundo a CPTM, os ferroviários da Zona Central (linhas 11 e 12) descumpriram determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) de manter 90% da operação nos horários de pico e 70% no restante do tempo. Segundo a empresa, vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a linha 12 ficou parada e a linha 11 teve problemas entre as estações Guaianazes e Estudantes, em Mogi das Cruzes.

De acordo com a nota, os usuários tiveram de percorrer o trecho Luz-Guaianazes, referente ao Expresso Leste, para seguir até a estação Estudantes pelo sistema de transporte gratuito com ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), no período da tarde e da noite. A companhia solicita aos usuários que retardem o deslocamentos para evitar horários de pico.

Greve no ABC

O Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC também decidiu continuar a greve dos motoristas de ônibus decretada na terça-feira (31). A EMTU entrou com medida cautelar no TRT para que 80% da frota das linhas intermunicipais circulem na quinta.

A categoria reivindica 8% de reajuste, 10% de aumento no vale-refeição (além de receber durante as férias), participação de lucros ou resultados de R$ 450 para todos os funcionários e bonificação de R$ 1.500 para os motoristas que fazem função de cobrador. O setor patronal ainda não apresentou propostas.