Acordo pela indústria sela paz entre centrais

Em defesa da indústria, as duas maiores centrais sindicais voltaram a compor uma mesa de negociação, agora ao lado da Fiesp (Foto: Fiesp/divulgação) São Paulo – A exemplo das outras […]

Em defesa da indústria, as duas maiores centrais sindicais voltaram a compor uma mesa de negociação, agora ao lado da Fiesp (Foto: Fiesp/divulgação)

São Paulo – A exemplo das outras quatro centrais legalmente reconhecidas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical apoiaram a candidatura Dilma Rousseff em 2010, mas passaram a se estranhar no início deste governo. Um dos episódios foi a questão do salário mínimo. Agora, via sindicatos de metalúrgicos, as duas maiores centrais voltam a compor uma mesa de negociação, desta vez em defesa da indústria.

No seminário desta quinta-feira (26), a abertura será feita pelo secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, e pelo presidente da Força, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, além do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Centro da Indústria do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf. 

“Cada uma (das centrais) tem seu papel. Reconhecemos as nossas diferenças”, comenta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), Sérgio Nobre. “A Fiesp também defende os seus interesses. O que interessa neste momento é a defesa da indústria e do emprego. Agora é hora de discutir o que nos une. O que divide a gente vai conversando com o tempo.”

Paulinho concorda, dizendo que sempre vai haver divergências entre as centrais. “Mas neste caso aqui, estamos resolvidos. Levamos seis meses para estarmos juntos e estamos com as mesmas ideias”, acrescentou. “Não significa que, no meio do caminho, não teremos divergência. Vamos supor que o governo diga que vai ser feita nacionalização de peças em 50%. Aí podemos dizer que 50% é pouco, a CUT pode defender 60%. Mas por enquanto estamos juntos numa pauta única.”