No Rio, TRT julga dissídio dos vigilantes até 6ª

Na quinta semana de paralisação, sindicato da categoria acusa agências bancárias de abrir com somente um vigilante de plantão

Justiça deve dar parecer sobre greve até final da semana (Foto: Divulgação/Sindvig)

São Paulo – O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro deve julgar o dissídio coletivo dos vigilantes até a próxima sexta-feira (29). A Justiça recebeu as defesas dos sindicatos dos municípios do Rio de Janeiro que continuam em greve de vigilantes nesta semana. Cabe ao TRT estabelecer o índice de reajuste dos cerca de 50 mil vigilantes do estado, que reivindicam 10% de reajuste.

Apesar da paralisação, iniciada em 23 de março em Campos dos Goytacazes, algumas agências bancárias decidiram abrir as portas mesmo com a permanência de apenas um ou nenhum vigilante por meio de liminar da Defensoria Pública acatada pela 1ª Varal Cível. A atividade contraria decisão do desembargador do TRT, Carlos Alberto de Araújo Drummont, que determinou que fossem mantidos 30% dos vigilantes operando internamente.

A medida foi comunicada pela Federação Estadual dos Vigilantes (FEV) à Polícia Federal com o objetivo de reforçar a fiscalização dos bancos. Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), as agências bancárias que desacatarem a decisão judicial de funcionarem plenamente terão que pagar R$ 10 mil por dia.

Em nota, o Sindicato dos Vigilantes no Município do Rio de Janeiro (Sindvig) ressaltou que as agências bancárias em operação sem segurança colocam em risco os clientes e funcionários. “De acordo com a Lei Federal 7.102/83, que regula a segurança bancária, os bancos só podem abrir se tiverem no mínimo dois vigilantes”, lembra a nota.

O Sindivg critica as empresas por oferecerem 1,5% de aumento real. O Sindesp-RJ sustenta que um acordo publicado no Diário Oficial em 25 de fevereiro garantiu 14,62% de aumento, “o maior reajuste da categoria no país”.

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