Trabalhadores da usina Santo Antonio pedem melhores condições antes de retomar obra

São Paulo – Trabalhadores da usina hidrelétrica de Santo Antônio (RO), que compõe o complexo do rio Madeira, definiram a formação de uma comissão de funcionários para elaborar reivindicações ao […]

São Paulo – Trabalhadores da usina hidrelétrica de Santo Antônio (RO), que compõe o complexo do rio Madeira, definiram a formação de uma comissão de funcionários para elaborar reivindicações ao consórcio responsável pela obra, formado pela Construtora Norberto Odebrecht e Furnas Centrais Elétricas. As demandas são de melhores condições laborais no canteiro de obras. A formação ocorreu em assembleia no próprio canteiro, com a presença de representantes do sindicato da categoria..

Há 15 mil funcionários envolvidos na construção. Os pontos mais críticas dizem respeito a  salários, diferenças nos regimes de contratação – especialmente em relação a terceirizados – e aumento do auxílio alimentação. “Há uma crise estabelecida de condições de trabalho”, explica Vagner Freitas, secretário de finanças da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que está em Rondônia deste segunda-feira (21).

As obras haviam sido interrompidas na quinta-feira (18), após protestos dos trabalhadores em Jirau (RO), também no rio Madeira. A assembleia desta terça-feira (22) foi conduzida antes do reinício das atividades, por representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero) e da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticon).

“A insatisfação incontornável levou a uma situação de violência (especialmente no canteiro de Jirau) e a CUT veio aqui ajudar a garantir a defesa dos direitos dos trabalhadores, junto ao sindicato”, explica. “O que é necessário é que a volta ao trabalho, quando acontecer, seja feita com diálogo junto ao sindicato”, avalia Freitas.

Pela manhã, sites de Rondônia chegaram a divulgar a informação de que os sindicalistas teriam sido mantidos reféns no canteiro. Vagner Freitas nega qualquer ação nesse sentido. “Foi uma assembleia tensa, o que é compreensível dada a situação em que estão os trabalhadores”, pontua. “Você não pode imaginar que uma assembleia com 10 mil ou 12 mil trabalhadores vá ter só rosas e afagos. Teve um ou outro distúrbio, mas ninguém ficou preso”, insiste.

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