Antes de despedida com Lula, CUT protesta em Brasília por mínimo de R$ 580

São Paulo – Horas antes de participar do encontro dos movimentos sociais com o presidente da República, nesta quarta-feira (15), representantes da CUT prometem manfiestações em Brasília. Eles defendem o […]

São Paulo – Horas antes de participar do encontro dos movimentos sociais com o presidente da República, nesta quarta-feira (15), representantes da CUT prometem manfiestações em Brasília. Eles defendem o reajuste do salário mínimo para R$ 580, e a atualização da tabela do Imposto de Renda (IR) também é reivindicada pela entidade.

O protesto ocorre às 10h, diante da sede do Ministério da Fazenda. À tarde, às 15h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe 500 representantes de movimentos sociais para o que é considerada uma despedida do governo.

“Nosso objetivo é pressionar a equipe econômica e a presidente eleita Dilma Rousseff a tomar medidas mais ousadas em relação a esses dois temas do que aquelas que vêm defendendo até agora”, afirma o presidente da CUT, Artur Henrique.

Na semana passada, em entrevista à Rádio Brasil Atual, Artur fez duras críticas ao discurso adotado por Guido Mantega, titular da Fazenda e confirmado para permanecer no cargo no próximo governo. Ele classificou a pauta do ajuste fiscal, com cortes de gastos públicos, trazida pela equipe econômica, como “agenda dos derrotados”, em alusão ao processo eleitoral.

O governo defende que o mínimo seja de R$ 540 a partir de janeiro de 2011 e não prevê correção da tabela de Imposto de Renda. Em relação ao piso nacional, a alegação do Executivo é de que está sendo seguida a fórmula acertada em 2006 com as centrais sindicais, que leva em conta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais a média de crescimento econômico dos dois anos anteriores. Como em 2009 o Produto Interno Bruto (PIB) oscilou negativamente, o aumento seria igual à inflação.

Os R$ 580 defendidos pelos sindicalistas são tratados como uma exceção na fórmula praticada nos últimos anos. Eles teriam impacto também nos anos seguintes, além de continuar a elevação da renda média dos trabalhadores e do fortalecimento do mercado interno.

Em novembro, uma reunião entre representantes das seis centrais sindicais com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência Social, Carlos Gabas, iniciou um processo de negociação sobre o tema. Além do mínimo e da tabela de IR, o reajuste dos aposentados também estava na pauta dos sindicalistas. Desde então, porém, nenhuma outra rodada de conversações foi estabelecida.

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