No 3º dia, greve dos bancários cresce e fecha 6,2 mil agências em todo o país

Agência bancária do centro do Rio em greve. Trabalhadores cobram posição dos bancos (Foto: Seeb/RJ) Brasília – Nesta sexta-feira (1º), terceiro dia da greve nacional, os bancários conseguiram fechar 6.215 […]

Agência bancária do centro do Rio em greve. Trabalhadores cobram posição dos bancos (Foto: Seeb/RJ)

Brasília – Nesta sexta-feira (1º), terceiro dia da greve nacional, os bancários conseguiram fechar 6.215 das 19,8 mil agências de todo o país, de acordo com balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT). Houve, portanto, um aumento significativo do movimento em relação à véspera, quando 4.895 agências não abriram as portas.

A tendência, de acordo com o presidente da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro, é que a mobilização cresça ainda mais na próxima semana. Segundo ele, o movimento iniciado nas grandes cidades, na última quarta-feira (29), já se propaga também por cidades de porte médio. “O fortalecimento da greve é uma sonora resposta dos bancários ao silêncio dos bancos”, disse o sindicalista.

Coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Cordeiro disse que os trabalhadores “estão revoltados com o desrespeito” da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, diante da reivindicação de reajuste de 11%, ofereceram apenas os 4,29% da inflação dos últimos 12 meses, sem nenhuma sinalização sobre outros benefícios.

Cordeiro aponta que os bancos tiveram crescimento médio de 32% nos lucros, no primeiro semestre deste ano. A categoria, para ele, não aceita a posição dos bancos num momento em que a economia nacional cresce em “ritmo chinês” e que outras categorias têm conquistado aumentos reais de salários. Sem nova proposta, disse ele, a greve só tende a crescer.

São Paulo

Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o terceiro dia de greve teve o fechamento dos principais centros administrativos dos bancos, além de 561 agências, com adesão de mais de 32 mil bancários.

Juvandia Moreira, presidente da entidade, lembra que os bancos puderam evitar a greve, mas preferiram a intransigência. “As demandas dos bancários foramapresentadas à Fenaban há quase dois meses. Enquanto insistirem em negar nossas reivindicações, permaneceremos em greve.”

O Comando Nacional dos Bancários voltará a se reunir na segunda-feira (4), em São Paulo, para definir meios de intensificar a mobilização. Simultaneamente, os bancários farão passeata em Brasília.

 

Leia também

Últimas notícias