Centrais sindicais fazem passeata por melhores condições de trabalho e vida

Manifestação marca o Dia Mundial pelo Trabalho Decente e integra calendário da Organização Internacional do Trabalho

Artur (camiseta branca, no centro), Quintino Severo (sec. geral da CUT – de boné vermelho) e Denise (sec. rel. de trabalho – no extremo da faixa) participam do ato (Foto: Alencar Roberto)

São Paulo – Trabalhadores ligados a cinco centrais sindicais do país se manifestaram nesta quinta-feira (7), Dia Mundial do Trabalho Decente. Em São Paulo, os manifestantes percorreram em passeata o trajeto entre o Teatro Municipal  e a Secretaria de Relações do Trabalho, na rua Martins Fontes, região central da cidade. O protesto integrou a III Jornada Mundial pelo Trabalho Decente.

Cerca de 1.500 trabalhadores de cinco centrais – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindital dos Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) participaram da manifestação. Foi entregue um documento  unitário das entidades ao ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi.

Os ativistas reivindicam o compromisso com a Agenda do Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), além da defesa do emprego com carteira assinada, do combate ao trabalho escravo e infantil.

Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, a unidade entre as centrais já garantiu uma série de conquistas importantes ao trabalhador, como o aumento real do salário mínimo e a mudança na tabela do Imposto de Renda. “Agora queremos implementar de fato a Agenda do Trabalho Decente, que foi uma pauta aprovada pelo governo Lula junto com a OIT, empresários e trabalhadores também assinaram esse documento”, afirmou.

Eleições

Artur comentou a importância do pleito no atual momento de mudanças no Brasil e a vitória de sindicalistas para cargos legislativos. O presidente da CUT destacou a importância de votar em pessoas e projetos comprometidos com a classe trabalhadora e afirmou que o Brasil não pode sofrer o retrocesso  “com a  volta daqueles que destruíram o Estado brasileiro, com as privatizações, a criminalização, a falta de diálogo e negociação como aconteceu no governo do Fernando Henrique Cardoso”.

O líder sindical enalteceu os sindicalistas que se elegeram em 3 de outubro. “Nós temos um aumento significativo de deputados estaduais e também de federais que tiveram um papel importantíssimo ao longo de sua vida no movimento sindical e no movimento social e que agora vão estar assumindo”, comemorou.