Em nova negociação, bancários esperam mais abertura a propostas, por parte de patrões

São Paulo – Os bancários decidiram manter a pauta de reivindicações que será apresentada aos empresários em reunião nesta quarta-feira (15) em São Paulo. Em assembleias realizadas em diferentes pontos, ficou definido […]

São Paulo – Os bancários decidiram manter a pauta de reivindicações que será apresentada aos empresários em reunião nesta quarta-feira (15) em São Paulo. Em assembleias realizadas em diferentes pontos, ficou definido que será exigido, na quarta rodada de negociações, um aumento real de 5%, o que, na prática, significa um reajuste de 9,3%.

Além disso, a categoria vai apresentar à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) um pedido de participação nos lucros ou resultados (PLR) equivalente a três salários mais R$ 4.000. Os bancários querem ainda que se estabeleça como piso o salário mínimo ideal medido pelo Dieese, hoje em R$ 2.157,88.

Em São Paulo e em Barueri, as assembleias deste Dia Nacional de Luta contaram com a participação de 11 mil trabalhadores, que aproveitaram para lembrar que os banqueiros têm se negado a receber qualquer proposta que não seja a apresentada pelos próprios.

“Os atos de hoje foram um alerta de que os bancários não saem dessa campanha sem valorização salarial e melhores condições de trabalho. Se os banqueiros mantiverem a postura do “não” pra tudo, estarão levando os trabalhadores à greve”, destacou Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Nesta quarta, trabalhadores e banqueiros encontram-se na região central de São Paulo para uma negociação que tem previsão de se estender para a quinta-feira (16). Os bancários possuem Contrato Coletivo de Trabalho com validade nacional, o que significa que as conquistas da categoria são aplicadas em conjunto.

“Todas as operações financeiras disponíveis nos balanços dos bancos apontam crescimento. Não foi à toa que as cinco maiores instituições financeiras lucraram R$ 21,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, alta de 28,12% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado é uma prova do quanto os bancários trabalharam intensamente e de que os bancos têm recursos de sobra para atender às reivindicações da categoria”, disse Juvandia Moreira.