Bancários lançam campanha salarial

Caminhada no centro de SP marca início da luta da categoria por melhores condições de trabalho

Mobilização dos bancários no centro de São Paulo (Foto: Divulgação)

São Paulo – Nesta segunda-feira (16), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região deu início à Campanha Nacional Unificada 2010, com uma caminhada por ruas tradicionais do centro da capital paulista, onde funciona boa parte do sistema financeiro do país.

A pauta de reivindicações da campanha nacional da categoria foi entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na quarta-feira (11), pelo comando nacional da categoria. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 11%, participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil; vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 510). Também querem medidas das empresas que ponham fim ao assédio moral nos locais de trabalho e à metas abusivas, além de mais segurança e mais empregos. O lema da campanha deste ano é “Um outro banco é preciso. Amarre-se nessa ideia”.

A primeira rodada de negociação entre os bancários e a Fenaban será realizada na terça-feira (24). Além de definir o calendário de negociações, os integrantes do Comando Nacional da categoria e os representantes dos bancos farão o primeiro debate da campanha, sobre questões de saúde e condições de trabalho.

A presidente do sindicato, Juvandia Moreira, destaca a importância do tema. “Deixamos claro para a Fenaban que as reivindicações de saúde são um ponto central dessa campanha. Os bancários indicaram nas consultas [que antecederam a elaboração da pauta de reivindicações] o fim do assédio moral e das metas abusivas como cruciais”, relata a dirigente. “Os bancos têm de cumprir seu papel social e contratar mais bancários, porque além de reduzir as filas nas agências, melhoraria as condições de saúde dos funcionários ao reduzir o ritmo intenso de trabalho, agravado pelas metas abusivas e assédio moral, que tanto adoecem a categoria”.

O combate às metas abusivas e ao assédio moral foi apontado como prioridade por sete em cada dez bancários que responderam à consulta feita pelo sindicato. Segundo a entidade, os bancários são uma das poucas categorias no país que possui contrato coletivo de trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, dos quais 130 mil na base do sindicato de São Paulo.