Bancários apresentam pauta de reivindicações à Febraban

Primeira rodada de negociação com dirigentes de bancos será realizada na segunda quinzena do mês

Carlos Cordeiro, da Contraf, e Juvândia Moreira, dos bancários de São Paulo, integraram a comissão que entregou a pauta de negociação da campanha salarial deste ano (Foto: Jailton Garcia/Contraf-CUT)

São Paulo – A Campanha Nacional Unificada dos Bancários entregou nesta quarta-feira (11) a pauta de reivindicações da categoria. A primeira rodada de negociações como a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) será realizada  entre os dias 23 e 27, em data ainda a ser definida.

As principais exigências dos trabalhadores são reajuste salarial de 11%, participação nos lucros equivalente a três salários mais R$ 4 mil e vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 510). Além disso, a categoria quer colocar novamente em pauta a necessidade de extinguir as metas abusivas e de combater o assédio moral.

A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, lembrou que a pauta de reivindicações apresentada à Febraban é fruto de um amplo processo de consulta aos trabalhadores, em especial durante a 12ª Conferência dos Bancários, realizada em julho no Rio de Janeiro. “Os bancários entendem o valor da mesa de negociação como ponto primordial, ainda mais em um ano em que os bancos registram em média elevação do lucro de 26% e que a expectativa de crescimento do PIB já supera os 7%. Nossas reivindicações vão muito além do aumento real”, acrescentou.

Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), reforçou a linha de argumentação, lembrando que os bancos estão em plenas condições de atender aos pedidos. “Além de mais remuneração, a categoria deixou claro que exige mais qualidade de vida e não suporta mais o assédio moral e as metas abusivas. As pessoas devem estar em primeiro lugar.”

Os trabalhadores, em encontro com os dirigentes dos bancos, pediram que não se lance mão de instrumentos jurídicos que tentam coibir manifestações, como o interdito proibitório e as ações apresentadas à Justiça do Trabalho.