Doméstica com registro tem serviço valorizado, diz trabalhadora

Lançamento da campanha Cinco Milhões de Domésticas Legais em 2010, em Brasília. Com o apoio do Instituto Doméstica Legal do Brasil (José Cruz/ABr) São Paulo – “Melhorou 100%”, diz Isabel […]

Lançamento da campanha Cinco Milhões de Domésticas Legais em 2010, em Brasília. Com o apoio do Instituto Doméstica Legal do Brasil (José Cruz/ABr)

São Paulo – “Melhorou 100%”, diz Isabel Pereira Pinto, trabalhadora doméstica há quase 30 anos – e há dois anos registrava e inscrita no FGTS. “Você tem uma renda a mais, vê que o seu serviço é mais valorizado”, afirma Isabel, 43 anos, doméstica desde os 14.

Trabalho doméstico no Brasil

6,626 milhões

É o número de trabalhadores domésticos no país

6,201 milhões

São mulheres

1,774 milhão

Têm registro em carteira

78 mil

São inscritos no FGTS

13 mil

Receberam seguro-desemprego em 2009

Fonte: Caixa Econômica Federal, IBGE e Ministério do Trabalho e Emprego

Ela está há oito anos no atual emprego – trabalha para um casal em Franco da Rocha (SP) –, mas foi registrada há apenas dois. “Eles não queriam”, lembra Isabel. Após uma nova conversa com seus patrões, eles não só assinaram a sua carteira como fizeram a opção pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), sem que ela pedisse.

Casada com um trabalhador do setor gráfico, com quem tem um filho, Isabel também tem uma filha do casamento anterior. Moradora de Caieiras, município vizinho a Franco da Rocha, ela gasta aproximadamente meia hora para chegar ao serviço. Trabalha das 8h às 17h de segunda a sexta-feira e das 8h às 14h aos sábados. Ganha o piso (R$ 560 brutos).

O que parece dar mais trabalho são os bichos que ficam na casa: entre cachorros, gatos e tartarugas, são aproximadamente 20. “Parece um zoológico”, brinca a trabalhadora. “Os cachorros são como filhos dela (patroa).”

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