Trabalhadores da Saúde entram em estado de greve

Manifestantes na Avenida Paulista (Foto: Douglas Mansur/SindSaúde) São Paulo – Os trabalhadores da saúde do Estado declararam estado de greve em assembleia nesta sexta-feira (5) e vão permanecer com o […]

Manifestantes na Avenida Paulista (Foto: Douglas Mansur/SindSaúde)

São Paulo – Os trabalhadores da saúde do Estado declararam estado de greve em assembleia nesta sexta-feira (5) e vão permanecer com o protesto durante todo o mês.

A decisão foi tomada em assembleia com a participação de 600 manifestantes, que realizaram passeata na região da avenida Paulista para divulgar a campanha salarial da categoria, protestar contra o congelamento e a ameaça de corte do adicional de insalubridade e também contra a terceirização no setor.

Segundo o secretário-geral do sindicato da categoria em São Paulo (SindSaúde-SP), Hélcio Aparecido, o governo do Estado havia se comprometido a enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei prevendo aumento salarial para a categoria, o que não foi cumprido. “Há seis anos não temos aumento de salários, e o vale-refeição está congelado em R$ 4 desde 2000”, reclamou.

Momentos antes, uma comissão do SindSaúde-SP foi recebida pelo assessor do secretário-adjunto de Gestão Pública, Dirceu Huertas. O assessor explicou que o projeto de aumento salarial não foi enviado à Assembleia Legislativa por ter sido barrado pela Comissão de Política Salarial do governo devido à não adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita os gastos do Executivo com a folha de pagamento.

“Foi decepcionante. Negociamos o ano passado todo e acreditamos que o governo tinha mudado sua postura autoritária. Hoje percebemos que mesmo que uma parte desse governo esteja disposto a negociar, o Serra (José) continua sendo o Serra de sempre, e a negociação não avança”, desabafou Aparecido.

A diretora da subsede de Campinas do Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde), Sebastiana Maria de Souza, denunciou os efeitos da terceirização no interior do Estado e alertou que os novos funcionários não estão preparados para trabalhar na área de Saúde.”A Fármacia de Alto Custo de Campinas foi terceirizada e estão faltando medicamentos importantes e caros para a população”, acusou Sebastiana. “Há casos de funcionários que estão em depressão e relatam que os gestores de suas unidades aproveitaram-se de seu estado depressivo para convencê-los a pedir demissão”, complementou Aparecido.

Além disso, uma funcionária do Instituto Adolfo Lutz, que preferiu não se identificar, relatou a falta de material para a realização da análise de água e de equipamentos de proteção individual (EPIs) para seus manipuladores. Ela ressaltou que a análise de microorganismos na água é importante para definição do tratamento para as pessoas que tenham consumido o produto contaminado.

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