Servidores da Saúde de SP prometem greve de 48h para 2ª

Paralisação por tempo indeterminado não está descartada. Trabalhadores reivindicam reestruturação da carreira e protestam por reajuste ter sido retido na Assembleia Legislativa

Participantes da assembleia que definiu paralisação na segunda e terça-feiras (Foto: Wladimir Aguiar/Divulgação)

São Paulo – Os trabalhadores da saúde do Estado anunciaram uma paralisação de 48 horas na próxima segunda-feira (22). Durante a semana devem ser realizados atos nos hospitais e unidades de saúde para avaliar uma possível greve por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada em assembleia com a participação de 700 servidores, na quadra do Sindicato dos Bancários, na região da Sé. A principal reivindicação da categoria diz respeito ao projeto de lei que regulamentava o aumento da categoria deveria ter sido encaminhado à Assembleia Legislativa, porém permanece parado na Comissão de Política Salarial do governo.

Na prática, isso significa que o reajuste não será votado neste ano, segundo Helcio Aparecido, secretário-geral do SindSaúde. “O processo de negociação é monossilábico. O governo não mostra o orçamento, só fala que não há verba suficiente para o aumento. Somente o sindicato negocia e propõe”, desabafa Aparecido.

Para o dia 31 de março está programado um protesto bem humorado chamado de “almoço de gala”. A proposta é tentar pagar uma refeição com R$ 4, o valor que os servidores recebem de vale-refeição desde 2000.

Desde o dia 5 de março, os trabalhadores estão em estado de greve e reivindicam aumento salarial, reestruturação dos planos de carreira, aumento do vale-refeição para R$ 14. Eles ainda opõem-se à terceirização do setor, por meio da transferência da gestão de unidades para organizações sociais.

A próxima assembleia será realizada no dia 31 de março em frente à Secretaria Estadual da Saúde, na região do Hospital das Clínicas (bairro Cerqueira César).