Salário de metalúrgicas do ABC é maior que de outras regiões, mostra Dieese

São Paulo – Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta terça-feira (23) pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, aponta que o […]

São Paulo – Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta terça-feira (23) pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, aponta que o salário das mulheres da base da entidade é, em média, 53% maior que o das trabalhadoras da categoria no Brasil e 30% superior ao das trabalhadoras no mesmo setor na capital paulista.

De acordo com o Dieese, as metalúrgicas do ABC (SP) ganham, em média, R$ 2.326,44 mensais. O salário médio das trabalhadoras do setor no Brasil é de R$ 1.516,32 e no estado de São Paulo é de R$ 1.796,31. O salário das mulheres da categoria é superior inclusive ao dos metalúrgicos do país, que tem rendimento médio de R$ 2.207,21.

Perfil

As metalúrgicas representam 14% da categoria no ABC. São 13,7 mil em um universo de 97,4 mil trabalhadores. Embora São Bernardo do Campo seja a cidade com maior número de trabalhadoras, 7,4 mil, a cidade de Diadema possui o maior percentual de mulheres entre os trabalhadores do setor, com 18%.

A pesquisa também revelou que 71,6% das trabalhadoras têm entre 24 e 39 anos, 51% são horistas, 29,4% estão no subsetor de autopeças e 52,7% concluíram o ensino médio. Em 1996, 18,8% das metalúrgicas haviam terminado o ensino médio. De 1996 a 2008, o número de trabalhadoras com ensino superior também aumentou passando de 5,5% para 12,9%.

Nas montadoras, onde a maioria das trabalhadoras é mensalista, quase 60% das metalúrgicas concluíram o ensino superior e 42% o ensino médio, superando a formação dos metalúrgicos nos dois níveis.

O estudo faz parte do perfil das trabalhadoras elaborado pela subseção do Dieese, especialmente para o 2° Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, com início na quinta-feira (25). Segundo Nobre, os dados ajudarão nas ações sindicais especificamente voltadas à metalúrgica.

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