Professor do RS tem o salário inicial mais baixo entre as redes estaduais
Rio Grande do Sul está entre os seis estados que ainda não pagam o piso nacional para os professores
Publicado 17/03/2010 - 13h04
Porto Alegre – O Rio Grande do Sul está entre os seis estados que ainda não pagam o piso nacional para os professores da rede pública estadual. Levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) mostra que além do estado gaúcho, Goiás, Tocantins, Rondônia, Ceará e Pernambuco não remuneram com o piso o professor iniciante, que tem formação de nível médio, e trabalha 40 horas.
Destes estados, o Rio Grande do Sul ainda paga a remuneração inicial mais baixa, no valor de R$ 862,80. As outras cinco redes estaduais recebem R$ 950, que era o valor do piso antes de ser reajustado nos meses de janeiro.
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A presidente do sindicato da categoria, o CPERS, Rejane de Oliveira, diz que as políticas de educação do governo de Yeda Crusius (PSDB) envergonham a população. “Depois que a governadora Yeda assumiu o estado do RS, ele figura entre os estados que paga pior, a educação com problemas na qualidade, o número de escolas sucateadas e destruídas vem crescendo, e talvez um dos poucos estados que esteja trabalhando com escolas de contêineres, de lata”, critica.
O governo estadual resiste em conceder o piso salarial desde a sua implementação. Em 2008, após a sanção do piso, o governo gaúcho e outros quatro estados entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal questionando a constitucionalidade da lei.
Também há divergência sobre o valor. O STF determinou que as gratificações estão incluídas no piso, o que é defendido pelo governo gaúcho e deixa o valor em pouco acima de R$ 1 mil. No entanto, a categoria considera que o piso é somente o vencimento básico, contabilizando pouco mais de R$ 1.3 mil.
O piso salarial será debatido pelos professores na assembleia geral que acontece na próxima sexta-feira (19), na capital.
Fonte: Radioagência NP