Dieese sugere redução de jornada na pauta de campanha salarial no 2º semestre

Todas as capitais do país recebem debates sobre redução de 44 para 40 o limite máximo de horas semanais trabalhadas. Enquanto medida tramita no Congresso, sindicatos levariam tema para negociação com setores patronais

Parada na Câmara dos Deputados, a proposta de emenda constitucional que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais é tema de uma série de eventos organizados em todas as capitais brasileias. A 4ª Jornada Nacional de Debates é organizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de terça-feira (23) até 8 de abril.

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, explica que a série de debates visa a subsidiar ações sindicais com informações para levar a luta pela redução da jornada às negociações coletivas. A entidade vê na bandeira uma questão de qualidade no trabalho. Também devem compor a pauta as tendências de campanhas salariais no segundo semestre.

“Neste momento, vamos dar um enfoque para aprofundar a discussão da redução da jornada de trabalho, entendendo que esse movimento tem uma dimensão de luta nacional, mas sabendo que pode ter também no estado, na relação do trabalhador com seu segmento empresarial”, avalia Clemente. O diretor do Dieese explicou que, para a realização da Jornada, um técnico do Dieese se deslocará para cada cidade. As centrais sindicais mobilizam os participantes e promovem o evento.

Argumentos

4ª Jornada Nacional de Debates

Programação

  • 23 de março – São Paulo e Porto Alegre

  • 24 de março – Florianópolis, Vitória, Aracaju, Belo Horizonte, Natal e Palmas

  • 25 de março – Brasília

  • 30 de março – Salvador, Rio Branco, Manaus, Rio de Janeiro e Porto Velho

  • 31 de março – Campo Grande, Goiânia e Curitiba

  • 6 de abril – Fortaleza, Teresina, Recife e Belém

  • 7 de abril – Boa Vista, São Luís e João Pessoa

  • 8 de abril – Maceió, Cuiabá e Macapá

O Dieese divulgou inúmeras notas a respeito da redução da jornada, em resposta a diferentes incursões do empresariado. Entre os argumentos, estão a restrição de horas extras e a consequente geração de 2,5 milhões de empregos. Os técnicos da entidade ainda avaliam que o custo do trabalho no Brasil – inclusive para demissão – são baixos se comparado com outros países, o que proporciona, inclusive, a alta rotatividade de mão-de-obra. O impacto da medida calculada pelo departamento em relação aos custos totais da indústria seria inferior a 2%.

Com informações do Vermelho

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