UNE rebate acusações de jornal e acusa mídia de criminalizar movimentos sociais

Para o presidente da instituição, acusação é mais uma estratégia da grande mídia para desarticular os movimentos sociais

A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou nota no domingo (29) em que rebate a acusação de ter convênios mantidos com o governo federal sob suspeita. Em nota, a entidade sustenta que as acusações do jornal O Estado de São Paulo são uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais.

“A afirmação ‘UNE é suspeita’, não veio de nenhum órgão de polícia ou de controle de contas públicas, é uma afirmação de autoria e responsabilidade de O Estado de São Paulo“, protesta Augusto Chagas, presidente da UNE.

De acordo com Chagas, a instituição sequer chegou a contratar as empresas citadas pela matéria. “O fato é que a UNE nunca contratou nenhuma das duas empresas, apenas fez orçamentos, ao contrário do que a matéria, de modo ladino, faz crer”, afirma.

O líder estudantil também questiona a intenção do jornal ao dar espaço à denúncia contra a UNE e pequena importância às denúncias comprovadas contra o governador do Distrito Federal. “Com muito menor destaque, denuncia os vídeos e gravações de um escândalo de compra de parlamentares, operadas pelo próprio governador do Distrito Federal”, cita Chagas.

Para Chagas, a acusação do jornal é uma estratégia de desqualificação e criminalização dos movimentos sociais.  “A grande imprensa oscila entre atacar os movimentos sociais ou ignorá-los – como fez recentemente com a marcha de mais de 50 mil trabalhadores reunidos em Brasília reivindicando a redução da jornada de trabalho. Este jornal, por exemplo, não achou o fato importante a ponto de noticiá-lo”, critica.