Sindicalistas prometem greve se jornada não for reduzida

PEC que reduz carga horária máxima de 44 para 40 horas semanais deve ficar para 2010, mas Vicentinho comemora que negociações tenham começado

Brasília – Sindicalistas prometem uma série de greves e paralisações a partir de 15 de janeiro se a Câmara não votar o projeto que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O projeto está pronto para votação em plenário e ainda não foi apreciado por falta de acordo com deputados representantes do empresariado, que são contrários à redução.

A proposta de emenda constitucional não deve ser votada este ano por falta de espaço no calendário, segundo deputados que participaram de reunião entre sindicalistas e empresários com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) nesta quinta-feira (19).

“O tamanho das divergências será resolvido durante a negociação. O mais importante é que a gente iniciou as negociações”, disse o deputado Vicentinho (PT-SP). “Queremos aproveitar o ano eleitoral. É uma luta. Eles (empresários) vão resistir”, completou.

O encontro foi uma tentativa de negociar a votação do projeto. Parlamentares ligados a trabalhadores e ao setor patronal elogiaram o encontro e a disposição a negociação, apesar de não terem avançado para um acordo concreto.

De consenso, há apenas a garantia de que não há tempo para a votação este ano – os projetos do pré-sal e o Orçamento devem ocupar a agenda de votações até o recesso no fim do ano.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), se mostrou disposto a negociar uma saída para a votação do tema. “Ainda há uma distância muito grande até o entendimento, mas vamos continuar discutindo”, disse o empresário.

Em busca de um acordo, Temer criou uma comissão para discutir o assunto. Uma das propostas que poderá ser debatida é a que reduz a jornada aos poucos, até chegar às 40 horas semanais.

Com informações da Agência Brasil e Reuters

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