Lula convoca reunião para definir posição do governo sobre reajuste de aposentadorias
Em protesto na semana passada, associação de aposentados cobrava votação (Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara) Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou reunião para amanhã (12) com líderes […]
Publicado 12/11/2009 - 09h54
Em protesto na semana passada, associação de aposentados cobrava votação (Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou reunião para amanhã (12) com líderes da base governista na Câmara para fechar posição sobre o reajuste dos aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo em 2010.
Os aposentados querem o aumento aplicado ao salário mínimo, cerca de 8%. O governo permanece na defesa do cálculo acertado com as centrais sindicais: inflação acumulada, usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais metade do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008, ou seja 2,5% – resultando em um ganho de 6%, abaixo do reivindicado pelos aposentados. A ideia é que a regra vigore também em 2011.
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Um dos principais motivos para rejeitar o pedido dos aposentados é o estouro nas contas da Previdência Social. O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT –RS), espera compreensão dos parlamentares e dos aposentados para levar a proposta do governo à votação no Congresso e, assim, não seja aprovada emenda que prevê o mesmo índice de reajuste do salário mínimo a todos os beneficiários da Previdência.
“Percebo que muitos compreendem que esse ganho acima da inflação, de acordo com metade do crescimento da economia, é uma conquista importante. Ao longo dos últimos 15 anos, nunca houve uma reposição além da inflacionária. Estamos falando daquilo que é possível”, disse, depois de reunião com o presidente Lula, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República.
Fontana defende ainda o fim do fator previdenciário no caso do trabalhador que contribuiu por 35 anos sem nunca ter sido demitido. Hoje, o trabalhador que iniciou a carreira com 18 anos de idade e se aposenta depois de 35 anos de contribuição perde 30% do benefício por conta do fator previdenciário, criado para impedir aposentadorias precoces. Para receber todo o benefício, teria de trabalhar até os 61 anos.
Sem o fator, conforme o deputado, o trabalhador terá de ficar no emprego até os 56,5 anos para ter direito à aposentadoria integral.
Fonte: Agência Brasil