Desemprego é o menor no ano, mas IBGE vê piora de qualidade

O rendimento do trabalhador brasileiro ficou estável em outubro, com média de R$ 1.349,70 (Foto: Paulo Whitaker. Reuters) Rio de Janeiro – A taxa de desemprego nas seis principais regiões […]

O rendimento do trabalhador brasileiro ficou estável em outubro, com média de R$ 1.349,70 (Foto: Paulo Whitaker. Reuters)

Rio de Janeiro – A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país recuou para 7,5% em outubro, menor patamar desde dezembro passado, mas há sinais de perda de qualidade no mercado de trabalho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, a taxa estava em 7,7%. Economistas consultados pela Reuters previam desemprego em 7,6% no mês passado.

Apesar da taxa melhor, outubro registrou a primeira queda no emprego com carteira assinada desde 2004 e a ocupação caiu tanto em relação a setembro (recuo de 0,1%) quanto a outubro de 2008 (baixa de 0,3%). A população ocupada atingiu 21,505 milhões nas seis regiões pesquisadas. A população desocupada caiu 2,5% de setembro para outubro, mas cresceu 0,6% ante outubro do ano passado. A população desocupada somou 1,753 milhão de pessoas.

“A taxa de desemprego está estável… o mercado de trabalho não está se movimentando”, disse o economista do IBGE Cimar Pereira Azeredo, nesta quinta-feira (26), ao apresentar os dados. “Há no mercado pequenas movimentações, mas os grandes números –como ocupação, desocupação e outros – não se mexem.”

O rendimento do trabalhador brasileiro ficou estável de um mês para o outro, com média de R$ 1.349,70. Em relação a outubro do ano passado, houve crescimento de 3,2%. Na média do ano, a taxa de desemprego está em 8,3%, acima dos 8,1% verificados de janeiro a outubro de 2008.

Impacto no trabalho formal

Segundo o economista do IBGE, os reflexos da crise global ainda contaminam o emprego. “O mercado está parecido com o fim do ano passado. A crise não arrebentou com 2009, mas atrapalhou a arrancada que se esperava para este ano”, disse. “Se não fosse a crise, os números deste ano seriam bem melhores. Tinha gente que falava em 5% de taxa de desemprego.”

Um dos principais impactos da crise foi sobre o trabalho formal. O emprego com carteira vem recuando desde o agravamento da turbulência internacional, segundo o IBGE.

De acordo com o IBGE, o crescimento do emprego formal chegou a 6,9% em outubro de 2008 ante o mesmo mês de 2007 e, desde então, entrou em queda livre. “Parte desse pessoal está indo trabalhar por conta própria”, frisou o economista do IBGE.

Fonte: Reuters

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