Assembleia de professores reúne 5.000 em SP, mas governo desmarca negociação
Professores afirmam que, sem conversa, ano letivo não começa em 2010 no estado de São Paulo
Publicado 26/11/2009 - 18h10
Assembleia de professores em São Paulo sinaliza disposição para greve (Foto: Robson Martins/Apeoesp)
Cerca de 5.000 professores da rede pública de ensino de São Paulo esperavam acompanhar a negociação entre o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do estado de São Paulo (Apeoesp) e o secretário Estadual de Educação, Paulo Renato Souza, na tarde desta quinta-feira (26), em assembleia, na Praça da república em São Paulo. Entretanto, o secretário desmarcou a reunião.
Na ausência de negociação, a Apeoesp confirmou a disposição dos professores de entrar em greve no início de 2010 caso o governo do estado não negocie com a categoria. “Se o governo continuar com a política de exclusão dos professores, o ano letivo não vai começar”, afirmou Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp.
De acordo com a dirigente sindical, a assembleia marcou o “Dia do Basta” e a paralisação sinaliza a disposição da categoria em pressionar o governo para mudar a política educacional do estado. “A avaliação por mérito criada pelo governo foi a gota d’água e essa assembleia foi decisiva: os professoes vão acompanhar de perto a negociação e, se necessário, partir para a greve”.
Segundo Maria Izabel, nova reunião com o secretário Estadual de Educação está marcada para o dia 1º de dezembro às 17 horas. Nova assembleia também está agendada para o mesmo horário.
Os professores reivindicam reajuste salarial de 27,5%; 6% das perdas de 2009; incorporação de duas gratificações, com extensão aos aposentados; fim da política excludente de “promoção por mérito”; fim da “provinha” dos admitidos em caráter temporário; garantia de direitos e concurso público classificatório.