Sem proposta da Fenaban, bancários seguem em greve

Fenaban quer reduzir PLR dos trabalhadores. Greve continua (Foto: Seeb-SP) São Paulo – Acabou sem propostas para a PLR e aumento real a reunião do Comando Nacional dos Bancários com […]

Fenaban quer reduzir PLR dos trabalhadores. Greve continua (Foto: Seeb-SP)

São Paulo – Acabou sem propostas para a PLR e aumento real a reunião do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban nesta sexta-feira (2). Sem acordo, os trabalhadores decidiram manter a greve por tempo indeterminado, iniciada no dia 24 de setembro.

“A Fenaban insiste em propor redução do montante a ser distribuído na PLR dos trabalhadores, não apresenta índice que represente aumento real. Diz que não é possível elevar valores dos pisos e tampouco cria condições para proteção aos empregos. A greve continua e será ampliada. As negociações têm de render ganhos aos trabalhadores. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.

Desde a quinta (1º) bancários e a Fenaban vinham negociando. De acordo com o sindicato de São Paulo, foram feitas várias simulações sobre a formulação da PLR. “Os representantes da federação dos bancos (Fenaban) suspenderam a negociação para analisá-las. Ainda não há data definida para a nova rodada de negociação”, disse, em nota, o sindicato.

De acordo com o Comando Nacional dos Bancários, os sindicatos vão fortalecer ainda mais o movimento a partir da segunda-feira (5). “Reiteramos aos bancos que a categoria bancária não aceitará a redução da PLR, como as empresas estão propondo, e insistimos na reivindicação de três salários mais R$ 3.850. Também não aceitaremos nenhuma proposta que não contemple aumento real de salário, valorização dos pisos salariais, proteção aos postos de trabalho e mais contratações, além da implementação de políticas que melhorem as condições de trabalho, de saúde e de segurança e apontem para o fim do assédio moral”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Nono dia

Nesta sexta, nono dia da greve, pararam 32 mil bancários, em 740 locais de trabalho. Além das agências, em São Paulo, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado e Praça da República), Unibanco (Patriarca, Boa Vista e ITM) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, Compe e Gecex III), Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás e Sé) e nas terceirizadas Fidellity e Aymoré Financeira.

Reivindicações

A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

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