Metalúrgicos do ABC mantêm paralisação

Trabalhadores mantêm greve em empresas que não atenderam reivindicações da categoria. Trinta empresas decidiram, nesta sexta, fechar acordo

O primeiro dia de paralisação dos metalúrgicos do ABC terminou com saldo positivo para os trabalhadores de 30 empresas de São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (SP), que retornarão ao trabalho. As empresas decidiram atender as reivindicações dos trabalhadores de 6,53% de aumento, dos quais 2% são aumento real, mais abono de um terço do salário médio do grupo (o que representa mais 2,07% de aumento real). 

A produção continua paralisada em empresas como Mahle Metal Leve, Sachs, em São Bernardo, e, Detroit, em Diadema, e Faparmas, em Ribeirão Pires, que não fecharam acordo.

O sindicato patronal do setor de autopeças (Sindipeças) e dos demais grupos da categoria tiveram suas propostas rejeitadas na mesa de negociação, por não atenderem a pauta apresentada pelos trabalhadores.

Mais de 60 mil trabalhadores decidiram cruzar os braços em assembleia, realizada na noite de quinta-feira (17).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, a falta de proposta patronal levou os trabalhadores a optarem pela greve em todos os setores, com exceção das montadoras, em que houve acordo de 6,53% de reajuste mais abono de R$ 1.500 (a ser pago em 25 de setembro).

Os trabalhadores reivindicam 4,4% de reposição da inflação, 2% de aumento real e abono equivalente a 30% do salário médio de cada setor. A soma do abono com a reposição e o aumento real alcança 8,7%.