Até o início da noite desta terça-feira (22), 50 empresas já haviam procurado o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP), com o compromisso de atender a pauta de reivindicação salarial da categoria, que está em greve desde quinta-feira (17). Nessas fábricas, os trabalhadores retomaram a produção porque conquistaram 6,53% de reajuste, dos quais 2% acima da inflação, mais abono igual a um terço do salário médio do grupo, o que representa mais 2,07% de aumento real.

Os índices são os mesmos conquistados pelo sindicato para os trabalhadores das montadoras em 11 de setembro. O Sindipeças (que representa as autopeças) e representantes patronais dos demais grupos tiveram suas propostas rejeitadas. No último dia 17, assembleia com mais de 4 mil trabalhadores decretou greve por tempo indeterminado.

Recursos na economia

Os acordos de campanha salarial fechados com as montadoras mais os compromissos assumidos por boa parte das autopeças e empresas dos grupos 2, 8 e Fundição vão garantir a injeção de R$ 94 milhões na economia da região nos próximos dois meses. O valor engloba os 2% de aumento real, a reposição da inflação e o abono.

O sindicato informa que não fecha acordo por empresa. Nas fábricas do ABC que acataram a pauta da categoria, à revelia dos sindicatos patronais como o Sindipeças, os trabalhadores vão aguardar o desfecho e o acordo coletivo trabalhando. Nas demais, a greve continua.

Três empresas seguem em greve pelo menos até a manhã desta quarta-feira (23): Otis e Proxyon, em São Bernardo, e Detroit, em Diadema. Nessas fábricas, os trabalhadores decidiram pela manutenção da paralisação por falta de proposta. A Detroit procurou o Sindicato, mas somente na manhã desta quarta-feira (23) os trabalhadores avaliarão a proposta durante assembleia.

Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC