Bancários rejeitam proposta que não oferece aumento real

Caso não surja nova proposta, greve da categoria pode começar na próxima quinta-feira (24)

Reunião entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo (Foto: Jailton Garcia)

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs nesta quinta-feira reajuste salarial de 4,5% aos bancários de todo o país, proposta que foi rejeitada pelos trabalhadores. O problema apontado é que a inflação no período foi de 4,4%, ou seja, basicamente não há ganho real. Além disso, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) proposta foi menor que a de 2008, destinando apenas 4% do lucro líquido para os funcionários – o limite em lei é de 15%.

Outra exigência dos bancários era da inclusão de uma cláusula de proteção aos empregos em caso de fusão. Sobre o salário, a categoria espera reajuste de 10%, além de PLR de três salários mais R$ 3.850.

“Os banqueiros perderam mais uma chance para buscar um acordo na mesa de negociação, ao apresentar um reajuste que não prevê aumento real de salários e PLR menor do que no ano passado, apesar de se manterem entre os setores mais lucrativos do país. Desta forma não resta aos trabalhadores outra opção que não seja a greve”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.

A greve em São Paulo pode ser iniciada na próxima quinta-feira (24), uma vez que a assembleia da categoria ficou marcada para a quarta (23).

Apesar do impasse na questão salarial e no PLR, houve avanço parcial na questão da licença maternidade: a Fenaban aceita que o benefício seja estendido a seis meses, desde que o governo federal acene com a dedução do imposto de renda.

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