Bancários mantém greve e acirram protestos

Categoria espera nova proposta dos bancos. Sindicatos apontam adesão de 90% no DF e 75% no RJ

(Foto: Renato Araújo/Agência Brasil)

A greve dos bancários continua em todo o país. No quinto dia de paralisação, bases exigem nova proposta dos bancos em questões relacionadas a reajustes salariais, participação nos lucros e resultados e preservação de empregos.

Um protesto na Esplanada dos Ministérios foi concluído com a entrega de um documento a Guido Mantega, titular da Fazenda. Por uma hora e meia, cerca de 500 manifestantes, segundo a Polícia Militar, saíram da sede do Banco do Brasil até o estacionamento do ministério.

Uma comissão de sindicalistas entregou uma carta ao secretário-executivo adjunto da Fazenda, Francisco Franco, já que nem o ministro Guido Mantega nem o secretário-executivo, Nelson Machado, estão em Brasília.

No documento, os grevistas reivindicam que os representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal na Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) peçam a reabertura das negociações e apresentem uma nova proposta. A Fenaban é o braço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para questões trabalhistas.

No Rio de Janeiro, a greve fechou 75% das agências bancárias no Rio de Janeiro, segundo o Sindicato Municipal dos Bancários.

Em São Paulo, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, são 39 mil trabalhadores parados em 805 locais. “Os bancários querem muito mais do que um compromisso, exigem que a Fenaban marque definitivamente uma negociação e apresente uma proposta que corresponda ás reivindicações dos trabalhadores”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente da entidade.

Bancos

A Febraban disse que não vai comentar o número de agências afetadas pela greve nem o total de trabalhadores paralisados. A greve dos bancários começou na última quinta-feira (24) e é por tempo indeterminado.

À demanda do Comando de Greve por uma nova negociação, a representação dos bancos respondeu com a promessa de agendar uma nova rodada de conversação.

A proposta apresentada pelos banqueiros prevê reajuste de 4,5%, PLR de 1,5 salário reajustado, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido de 2009. As empresas que tiverem prejuízo neste ano não pagariam a PLR. A Fenaban oferece reajuste salarial de 4,5% , mais 5,5% de participação nos lucros.

Os trabalhadores querem 10% de reajuste, três salários mais R$ 3.850 fixos de PLR, valorização de pisos salariais, previdência complementar para todos, entre outras reivindicações. 

Com informações da Agência Brasil