Acordos injetam R$ 123 milhões na região do ABC

Estimativa é do sindicato, com base em reajustes e abonos conquistados nos últimos dias

Os acordos coletivos já assegurados por cerca de 58 mil empregados das montadoras e de 75 indústrias de autopeças na região do ABC paulista devem manter aquecida a economia da região nos próximos meses. A subseção do Deparmento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconomicos (Dieese) no sindicato da categoria estima em R$ 123 milhões o efeito dos aumentos salarias e abonos na renda dos trabalhadores.
Os aumentos foram de 6,53% (reposição inflacionária mais de aumento real) e os abonos variam conforme o grupo empresarial abrangido pelo acordo, devendo sempre corresponder a um terço da média salarial de cada grupo. 

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem 96 mil trabalhadores na base sua base. As montadoras empregam 32 mil e as autopeças, 26 mil (85% já fecharam acordo que inclui o abono). A entidade promete prossegir com greves, paralisações e protestos nas demais empresas.

Ainda nesta semana estão programadas negociações com os grupos 2 (máquinas e eletroeletrônicos), 8 (laminação e trefilação, refrigeração, condutores elétricos, material ferroviário e rodoviário, artefatos de metais, balanças, esquadrias e de construções metálicas) e Fundição, que somam cerca de 31,2 mil funcionários. Montadoras, autopeças, forjarias e parafusos compõem o Grupo 3 da federação das indústrias. Os demais trabalhadores fazem parte do Grupo 10, cuja data-base é novembro.
Coletivo

Após dez dias de mobilização e greve, 85% dos metalúrgicos das autopeças do ABC (Grupo 3) conseguiram aumento real de salário mais abono. Os 15% restantes, que trabalham em empresas de pequeno porte, também terão aumento real (6,53%, sendo 2% de real e 4,44% do INPC do período) O acordo coletivo será assinado nesta quarta-feira (30) com o Sindipeças (sindicato que representa as empresas).
Os trabalhadores dos demais grupos da categoria manterão as ações de pressão enquanto aguardam o desenrolar das negociações. 

Para Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a estratégia tem sido vitoriosa, já que o bjetivo é buscar a convenção coletiva, que preserva a igualdade “Acordos por fábrica impõem uma diferença na categoria que não nos interessa.”

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