Nova demanda pede qualificação urgente na construção

Sindicato da categoria avalia que não há mão-de-obra para atender ao impulso do setor

O baixo índice de qualificação, uma grave deficiência na indústria da construção civil, deverá ficar mais em evidência em 2010 com o crescimento do setor, seja por conta das obras de infraestrutura, já tradicionais em anos eleitorais ou pelo impulso do governo ao financiamento da casa própria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SintraconSP), Antonio de Sousa Ramalho, para o conjunto de todas as obras do setor devem ser gerados 400 mil empregos por ano no Brasil todo, desde pedreiro a engenheiro.

“O problema é que nós não temos essa mão-de-obra. Isso é muito sério”, destaca Ramalho. Ele lembra que apenas o programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida” vai gerar 600 mil empregos no setor por ano até 2012 em todo o país.

Os novos materiais utilizados nas construções exigem conhecimento dos trabalhadores. “São 180 insumos aplicados na indústria. Leva tempo para os empregados adquirirem experiência”, explica.

O SintraconSP desenvolve cursos de qualificação e alimenta a expectativa de que em dez anos toda a mão-de-obra existente já seja qualificada.

A falta de qualificação é um dos fatores que motivam os acidentes de trabalho.

Leia também

Últimas notícias