Guardas municipais param 3ª feira pela primeira vez em SP

Sindicato faz assembleia na véspera para organizar manifestações na cidade; Prefeitura cala-se sobre propostas

O efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo promete cruzar os braços a partir de terça-feira (25) por tempo indeterminado. Na véspera, o SindGuardas-SP, que representa a categoria, fará assembleia às 18h30, na rua Tabatinguera, 192, no Centro, para organizar o movimento.

Os trabalhadores exigem que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) cumpra as promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2008. “Vale lembrar que, nas comemorações do aniversário da Corporação no ano passado, ele fez uma série de promessas para ser implementadas até o próximo aniversário da GCM, que será no mês que vem”, diz a nota do SindGuardas-SP.

De acordo com a entidade, a categoria ficou excluída do projeto apresentado pela prefeitura, aprovado neste mês, que prevê gratificações de até R$ 1.645,02 para policiais militares. “Na última demonstração de falta de compromisso com os trabalhadores da GCM e a população de São Paulo enviou à Câmara projeto de lei que aumenta o seu próprio salário em mais de 70%.”

Segundo o secretário de Finanças do sindicato, Clóvis Roberto Pereira, os aumentos salariais da categoria são de 0,01% a cada ano. “Em cinco anos tivemos R$ 7 de aumento”, relata.

Atualmente, a Guarda Civil Metropolitana conta com um efetivo de 6.520 pessoas. O salário-base é de R$ 534,70, mas a maioria tem salário de aproximadamente R$ 900.

A Rede Brasil Atual procurou a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, que não se pronunciou até as 16h30 desta sexta-feira.

Pauta de reivindicações

  • Recuperação das perdas salariais – 17,7%, com cálculos do Dieese dos últimos cinco anos
  • RETP (Regime Especial de Trabalho Policial) – passar de 60% para 140% (esse item incorpora questões como adicionais de periculosidade, insalubridade, penosidade e noturno)
  • Melhoria nas condições de trabalho