Guardas municipais iniciam greve em SP
Manifestantes esperam que Kassab abra negociações. Segundo SindGuardas-SP, cerca de 70% estão de braços cruzados. Saiba quais são as reivindicações da categoria
Publicado 25/08/2009 - 09h53
Os funcionários da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo entraram em greve nesta terça-feira (25) e prometem paralisar os trabalhos até a prefeitura abrir um canal de negociação com os trabalhadores.
De acordo com o SindGuardas-SP, que representa a categoria, os trabalhadores permanecerão todo o dia em frente à sede da prefeitura, no Viaduto do Chá, região central da cidade, aguardando um posicionamento do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Cerca de 70% do efetivo (do turno matutino) aderiu à manifestação.
Na quarta-feira (26), a categoria vai realizar uma caminhada da prefeitura até a Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 14h30. “Nosso objetivo é tentar sensibilizar os vereadores para o descaso com a Guarda Civil, principalmente no momento em que votarão gratificação a policiais militares”, destacou o secretário de Finanças do SindGuardas-SP, Clóvis Roberto Pereira.
De acordo com o sindicato, o prefeito não teria cumprido as promessas de campanha feitas no ano passado para implementar melhorias na corporação.
O SindGuardas realizou assembleia na noite de segunda-feira (24) para organizar o movimento desta terça.
Atualmente, a Guarda Civil Metropolitana conta com um efetivo de 6.520 pessoas. O salário-base é de R$ 534,70, mas a maioria tem salário de aproximadamente R$ 900.
Segundo o sindicato, a categoria ficou excluída do projeto apresentado pela prefeitura, aprovado neste mês, que prevê gratificações de até R$ 1.645,02 para policiais militares. “Na última demonstração de falta de compromisso com os trabalhadores da GCM e a população de São Paulo enviou à Câmara projeto de lei que aumenta o seu próprio salário em mais de 70%.”
Pereira relata que os aumentos salariais da categoria são de 0,01% a cada ano. “Em cinco anos tivemos R$ 7 de aumento.”
Pauta de reivindicações
• Recuperação das perdas salariais – 17,7%, com cálculos do Dieese dos últimos cinco anos
• Regime Especial de Trabalho Policial (RETP) – passar de 60% para 140% (esse item incorpora questões como adicionais de periculosidade, insalubridade, penosidade e noturno)
• Melhoria nas condições de trabalho