Câmara realiza nova discussão sobre redução de jornada

Centrais articulam presença de trabalhadores como forma de sensibilizar deputados e querem marcar uma data para votação

As centrais sindicais articulam uma presença maciça de trabalhadores na manhã desta terça-feira (25) na Câmara para debater a redução da jornada de trabalho. A segunda comissão geral para tratar do tema funciona como uma espécie de audiência pública e a intenção é conversar com líderes de partidos na tentativa de marcar uma data para a votação da Proposta de Emenda Constitucional 231 de 1995 em plenário. Caso seja aprovada em dois turnos pelos deputados, a PEC segue para o Senado.

A expectativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT) é que a primeira votação seja realizada no máximo até outubro. Quintino Severo, secretário geral da CUT, afirmou à Rede Brasil Atual que os sindicatos patronais “estão muito agressivos. Em nenhum momento da história recente se mobilizaram tanto. Isso indica que o clima é positivo para nós e a possibilidade de que a PEC seja aprovada é muito grande”.

A proposta, que teve o deputado Vicentinho (PT-SP) como relator, prevê a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e eleva o adicional pago pela hora extra de 50% para 75%. De acordo com cálculos das centrais usando dados do Dieese, a medida deve gerar 2,2 milhões de novos empregos.

Sobre as campanhas feitas por empresas, que distribuem cartilhas aos funcionários falando sobre eventuais danos provocados pela redução de jornada, Quintino Severo lembra que “o que vimos de 94 para cá é que a produtividade das empresas cresceu em torno de 130%. A redução dos lucros ficaria em 1,5%, ou seja, não significa nada”.

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