Bancários de SP apostam em heróis em quadrinhos para campanha 2009

Categoria entrega reivindicações à Fenaban, que incluem 10% de reajuste salariam

Bancários apostam em personagens de quadrinhos para mobilizar categoria. No centro de São Paulo, atores fantasiados para o lançamento da campanha (Foto: Gerardo Lazzari)

Os bancários entregaram a lista de reivindicações da Campanha Salarial 2009 ao presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) Fábio Barbosa, nesta segunda-feira (10), em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários pede 10% de reajuste – 5% de aumento real. O lançamento ocorreu após passeata do centro até a região da avenida Paulista. A entrega das pautas específicas para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal está prevista para 17 de agosto, em Brasília (DF).

Fazem parte das reivindicações uma nova regra para a participação nos lucros e resultados (PLR), que seria equivalente a três salários mais o valor fixo de R$ 3.850. Outros temas como o fim das metas abusivas e do assédio moral, plano de carreiras, cargos e salários (PCCS), valorização dos pisos e das verbas e mais segurança nas agências para bancários e clientes também integram a lista.

O sindicato de São Paulo, Osasco e Região apostou no bom humor para mobilizar a categoria. Inspirados em histórias em quadrinhos, foram criados quatro heróis da “Super Liga dos Bancários” que combatem oito “vilões”. Um site para os personagens foi montado (clique aqui)

“Os bancários que trabalharam arduamente, visto que o crédito mais uma vez puxou o resultado dos bancos, não abrem mão de aumento real de salário, mudanças na PLR e melhores condições de trabalho”, declarou Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“Não queremos que a campanha deste ano seja meramente economicistas”, declarou Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Bancários (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional. “Além da remuneração, que envolve aumento real de salário, melhoria da PLR e valorização dos pisos, os bancários querem este ano garantia de emprego e melhoria das condições se saúde e de trabalho, o que implica acabar com as metas abusivas, com o assédio moral e com a insegurança bancária.”

Crise

Artur Henrique, presidente reeleito da CUT Nacional, participou da entrega das reivindicações dos bancários. Ele lembrou que, apesar da crise internacional, o Brasil está se saindo bem e que o sistema financeiro continua apresentando resultados altamente satisfatórios. “Por isso os bancos estão em condições de atender às reivindicações da categoria”, defendeu. “A CUT estará ao lado dos bancários nessa luta, que interessa a todos os trabalhadores brasileiros”, prometeu.

Fábio Barbosa reconheceu que a situação do Brasil e dos bancos é positiva. Ele disse acreditar que “podemos ser mais construtivos do que temos sido” na mesa de negociações e reclamou da campanha de mídia lançada pelo Comando Nacional e pelos sindicatos que cobra responsabilidade social dos bancos e a redução de juros, spread e tarifas.