Na segunda semana de greve, INSS se dispõe a negociar

Paralisação atinge 18 estados mais o Distrito Federal. Sindicalistas estudam ações judiciais contra diretores e até recorrer à OIT

Acontece nesta terça-feira (23), no Ministério Público do Distrito Federal uma audiência prévia entre a diretoria da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Fenasps) e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Moysés Simão. Desde o início da paralisação nacional dos servidores do INSS, que completa uma semana, não havia sido formalizada nenhuma negociação por parte do Instituto.

A diretoria da Federação também solicitou audiências com os presidentes da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do Senado, José Sarney, e com todas as lideranças das bancadas parlamentares no Congresso Nacional.

Os servidores reivindicam do INSS e do governo federal o cumprimento do acordo firmado com a categoria em 2008, que prevê a criação de grupo de trabalho para discutir a regulamentação da jornada.

Além de reajuste dos benefícios e realização de concurso público, os trabalhadores exigem a revogação da portaria que impõe o aumento da jornada de trabalho de 30 para 40 horas semanais com redução salarial.

Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de São Paulo, o número de Estados com servidores paralisados deve chegar a 18, com a adesão dos servidores do Amapá, a partir desta quarta-feira (24).

Em assembleia no último sábado (20), em Brasília (DF), representantes de sindicatos de 12 estados mais o DF, estabeleceram 14 orientações para intensificar e fortalecer a greve.

Entre elas está preparar ação judicial contra a direção geral do INSS e gerentes executivos pela prática de assédio moral e intimidação dos servidores.

Os representantes dos trabalhadores decidiram também denunciar o governo federal à Organização Internacional do Trabalho (OIT) por repressão e ataque ao direito do exercício da greve.

Segundo a Fenasps, o estado da Bahia tem o maior índice de paralisação, com 90%, seguido por Mato Grosso do Sul, com 80%. Em São Paulo, a adesão é de 60%.

De acordo com o último levantamento do Sindicato, 61 agências na capital e no interior aderiram total ou parcialmente à paralisação.

O comando de greve recomenda que o segurado com atendimento agendado se informe pelo telefone 135 antes de sair de casa.

Leia também

Últimas notícias