Metroviários do RS mantêm paralisação

Em assembleia nesta tarde, trabalhadores rejeitaram nova proposta da Trensurb. Desde terça-feira, categoria mantém sistema de transporte funcionando apenas nos horários de pico

Os metroviários de Porto Alegre (RS) decidiram, na tarde desta segunda-feira (8), continuar a paralisação no Metrô da Cidade. Desde terça-feira (2), eles mantém os trens em funcionamento apenas nos horários de pico. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 12,5% e rediscussão do acordo coletivo anualmente, enquanto a companhia propõe 10,5% de aumento válido por dois anos e um abono de R$ 400 por ano.

A demanda de abono foi sugerida pelo presidente em exercício do Tribuna Regional do Trabalho (TRT), Carlos Alberto Robinson, e a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Beatriz Junqueira Fialho, na sexta-feira (5).

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimetro-RS) acusa a empresa de intransigência nas negociações e solicitou a intervenção do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

A participação seria necessária, segundo carta entregue ao ministro, “para garantir a continuidade das negociações entre a Diretoria da Trensurb e Metroviários, e que tais ajustes possam culminar com a edição de Acordo Coletivo cujas cláusulas ofertem um mínimo de dignidade aos trabalhadores metroviários gaúchos”.

Eles sustentam ainda que a Trensurb tenta retirar conquistas históricas dos trabalhadores e centram as críticas no presidente da companhia.

Nesta terça-feira (9), dois representantes do Sindimetro-RS vão a Brasília (DF) pedir apoio à bancada gaúcha na Câmara dos Deputados.

Segundo a Trensurb, 170 mil passageiros ficaram sem acesso a transporte por dia. O Metrô tem funcionado das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30 nos dias úteis e 6h às 13h aos sábados.

Leia também

Últimas notícias