Estudantes e professores da USP entram em greve

Em assembleias, a decisão foi por repudiar a presença da PM na Cidade Universitária e pressionar pela reabertura de negociações com reitores

A presença da PM no campus foi o motivo para a convocação da assembleia dos professores que resultou em greve (Foto: Marcelo Pompêo. Adusp)

A assembleia dos professores foi convocada de maneira extraordinária depois que a Polícia Militar retornou ao campus, na última terça-feira (2). Como já haviam dito professores à reportagem, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) entende que “os assuntos internos à universidade devem ser tratados através de diálogo com a comunidade” e a presença dos policiais intimida os manifestantes do campus.

Além disso, a categoria quer a reabertura das negociações com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), interrompida no fim de maio. Os professores de USP, Unesp e Unicamp querem reajuste salarial de 17% e a incorporação de R$ 200 a todos os salários, incluídos os funcionários.

Por outro lado, o Cruesp, atualmente presidido pela reitora da USP, Suely Vilela, emitiu nota esta semana afirmando que as conversas serão retomadas quando forem encerradas as “ações coercitivas prejudiciais ao pleno funcionamento das atividades institucionais”. Os reitores alegam que o Fórum das Seis refutou a participação na reunião convocada para 25 de maio e que o Cruesp “age de forma responsável e sem demagogia ao conceder reajustes salariais sem comprometer as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração”. 

Estudantes

Os estudantes da USP, que em algumas unidades já haviam deliberado pela greve, decidiram na noite de quinta-feira (5) pela paralisação das atividades. A saída da PM do campus foi adicionada à pauta de reivindicações, que inclui também o fim do ensino a distância e o aumento de verbas para a educação. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) estima que a assembleia tenha contado com a presença de mil pessoas.
Agora, professores e alunos juntam-se aos funcionários, parados desde 5 de maio.

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