Trabalhadores Rurais pedem extensão do Seguro Safra

Parte das famílias de agricultores prejudicada pelas chuvas não estava cadastrada no programa. As perdas são graves em itens como feijão e milho, impedindo que se atingisse a previsão de recorde de colheita no estado

Depois de semanas sob fortes tempestades, os agricultores no norte e do nordeste seguem a triste realidade de ver tudo o que produziram por água abaixo. Nos últimos dias, dezenas de municípios do Ceará e do Piauí decretaram estado de emergência. E os prejuízos vão além das casas e móveis perdidos. Produções que seriam consumidas pelos próprios trabalhadores também foram perdidos.

Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Ceará, Moizés Braz Ricardo, apesar da redução do volume de chuva, os prejuízos só aumentam. A liderança lamenta, principalmente porque a safra deste ano seria recorde.

A nossa previsão era que a safra aqui no Ceará fosse recorde. Previa em torno de 1,4 milhão de toneladas”, sustenta. “Infelizmente, isso está totalmente comprometido, em se tratando do plantio e da produção de feijão, [a produção deve ficar] algo em torno de 58%, de milho, 70%

Moizés Braz Ricardo conta que é grande o apoio dado aos desabrigados com a entrega de cestas básicas e vestuário, mas ainda não um plano de recuperação de safra. Segundo ele, 300 mil famílias de agricultores cearenses estão cadastrados no programa. Desses, 58 mil foram prejudicadas pela chuva, mas outras 26 mil famílias atingidas não estavam no programa. “Solicitamos que o governo também pagasse, por conta própria, esses 26 mil, para ter acesso pelo menos aos seis meses do Seguro Safra no Ceará”, explica.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Ceará, o governo se comprometeu em analisar a proposta e já agendou uma reunião com o secretário da agricultura para esta terça-feira (26).

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