CUT quer modelo de desenvolvimento para São Paulo

12º Congresso da CUT-SP, realizado entre esta quarta-feira e sábado, em Serra Negra, no interior paulista, quer discutir crescimento com emprego, renda, direitos e participação social

Com objetivo de discutir um novo modelo de desenvolvimento para São Paulo, a Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (CUT-SP) realiza o 12º Congresso Estadual (CECUT), entre esta quarta-feira e sábado, em Serra Negra, no interior paulista. O encontro definirá as estratégias dos trabalhadores para os próximos três anos e ações para construção de um Estado que dê prioridade ao crescimento com emprego, renda, direitos e participação social. Também será escolhida a nova diretoria. A central vai reunir cerca de mil pessoas, entre delegados eleitos pelos trabalhadores e observadores.

Estão presentes no local importantes nomes da política e do movimento sindical nacional. O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Carlos Alberto Grana, em entrevista à Rádio Brasil Atual, destacou a importância de o governador José Serra empenhar esforços contra a crise econômica, a exemplo do que faz o governo federal por meio de inúmeras medidas.

“Nosso estado, principal locomotiva do país, é omisso diante da crise. O movimento sindical vai tomar as ações necessárias para colocar São Paulo na rota da retomada do desenvolvimento”, disse Grana. O desafio é a recuperação e o avanço do número de vagas de trabalho.

Para o secretário de Comunicação da CUT/SP, Daniel Reis, Serra é ausente na saúde, na educação, em todas as áreas, e não aceita o diálogo com o funcionalismo. “Em 1983, ano da fundação da CUT, participamos do 1º congresso realizado no ABC, em plena ditadura militar. Naquela época, era natural que houvesse resistência ao diálogo, ao atendimento aos movimentos sociais, sobretudo aos sindicatos. Mas estamos em 2009, o Brasil se redemocratizou, a realidade é outra. A função dos governadores, prefeitos e do presidente é estabelecer canais de dialogo, mas isso não está no DNA dos tucanos. Com o presidente Fernando Henrique era igual”, disse Daniel. Ele lembra que o movimento sindical só teve abertura de negociação no governo Lula, a partir de 2003.

Segundo Daniel Reis, no 12º CECUT será feito o balanço da central nos últimos três anos, e o lançamento da Rede Brasil Atual, para congregar as mídias criadas nos últimos anos. “Vamos apresentar nossa proposta de modelo de mídia, que só foi possível graças à aposta dos sindicatos parceiros em uma nova forma de comunicação.”

Oficinas

As discussões sobre os temas Mulher Trabalhadora, Organização no Local de Trabalho, Juventude, Pessoas com Deficiência, Saúde, Comunicação e Igualdade Racial acontecem nesta  tarde. Nesta quinta-feira, os trabalhadores formarão grupos de trabalho para debater estratégias, políticas permanentes e plano de lutas voltados aos segmentos de Gênero, LGBT, Raça, Juventude, Saúde, Pessoa com Deficiência, Formação, Comunicação e Política para o Campo.
A CUT/SP também vai lançar as cartilhas LGBT e sobre Terceirização, além da Campanha por Igualdade de Oportunidade na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical.