Contra privatização, aeroportuários param por 48 horas em três aeroportos

Manifestação atinge Brasília, Guarulhos e Campinas

O aeroporto de Viracopos/Campinas não deve funcionar por 48 horas (Foto: Divulgação/ Portal da Infraero)

Brasília – Em reunião na tarde desta quarta-feira (19) entre sindicalistas e representantes do governo federal, não houve negociação e os trabalhadores aeroportuários manterão a paralisação de 48 horas a partir da meia noite desta quinta-feira (20) nos terminais de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília .Os aeroportuários são contra o modelo de privatização dos aeroportos aprovado pelo governo.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários Wilson Vieira de Souza afirmou que as privatizações colocarão em xeque os trabalhadores da categoria. “Com o leilão dos aeroportos não será garantido a estabilidade dos aeroportuários e não seria mantido o coletivo já firmado com o sindicato”, explicou.

Participaram da reunião o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, o presidente da Infraero, Gustavo Vale; o secretário executivo da Secretaria de Aviação Civil, Cléverson Aroeira da Silva; o secretário-geral da CUT, Quintino Severo; e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), Paulo João Estausia.

O diretor de Administração da Infraero, José Eirado, afirmou que a Infraero “já está acostumada” a trabalhar em situações de exceção, quando, por exemplo, um aeroporto é fechado e é preciso direcionar os voos para outra unidade. “Nós estamos apenas aprimorando nosso plano de contingência. Nós já temos esse no hall”, afirmou ao Valor Econômico. Ele explica que, para substituir os funcionários que aderirem à paralisação, pessoas das áreas administrativa e gerencial serão realocadas por terem conhecimento técnico.

Atualmente, quase 10 mil funcionários atuam nos três aeroportos, somando funcionários da Infraero, das empresas privadas e terceirizados. Destes, 2.781 trabalham para a estatal. Eles fazem serviços essenciais que vão desde operações básicas, como a leitura de raio-x e a atualização do sistema que informa as partidas e chegadas dos voos, até as mais complexas, como as operações na torre e o controle de posições dos aviões no pátio.

Com informações da Agência Brasil 

 

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