Bancários cobram negociação e criticam ‘silêncio’ de bancos e do governo

Greve completa três dias, sem reunião prevista. Segundo sindicalistas, paralisação aproxima-se de alcançar 8 mil locais de trabalho

São Paulo – No terceiro dia da greve nacional dos bancários, os representantes da categoria voltaram a cobrar a retomada das negociações, afirmando que cabe à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tomar a iniciativa. Em novo balanço, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou que a paralisação atinge agora 7.672 agências e centros administrativos, em 25 estados e no Distrito Federal, 1.424 a mais do que na véspera.

“O silêncio dos bancos e do governo tem indignado os trabalhadores e fortalecido a greve, que caminha para ser uma das maiores dos últimos anos”, afirmou o presidente da entidade, Carlos Cordeiro.

A Fenaban diz que está disposta a prosseguir nas negociações. “A solução não é apresentar propostas sucessivas unilaterais para serem liminarmente rechaçadas, como o foram as duas já apresentadas. Isso criaria mais entraves à negociação e, consequentemente, ao acordo”, disse o diretor de Relações do Trabalho da entidade, Magnus Apostólico.

Segundo ele, “uma nova proposta deve resultar de negociações, de conversas entre bancos e bancários, que levem à construção de pontos consensuais”. A Fenaban ofereceu 8% de reajuste na data-base (1º de setembro), enquanto os bancários reivindicam 12,8%.

Segundo a Contraf-CUT, várias atividades foram feitas em conjunto com os trabalhadores dos Correios, em greve há 16 dias. Em São Paulo, está programada uma passeata pelo Centro Velho a partir das 15h desta sexta-feira (30), com a presença de funcionários da estatal. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região divulgou balanço parcial, referente ao período da manhã, informando que 28.600 bancários de 681 locais de trabalho aderiram à greve.

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