País cria 140 mil vagas formais em julho; mercado segue aquecido, diz Lupi

Em 12 meses, foram abertos quase 1,6 milhão de empregos com carteira assinada; ministro mantém previsão de 3 milhões no ano

São Paulo – Em ritmo menor, o que é relativamente normal para o mês, o mercado formal de trabalho criou 140.563 vagas em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta terça-feira (16).  O resultado ficou abaixo de 2010, mas acima de 2009. Para o ministro Carlos Lupi, o fato de o mês ter registrado recordes tanto para contratações (1.696.863) como para demissões (1.556.300) indica que o mercado continua aquecido. “Julho não é um bom mês, pois há demissões no setor de educação e entressafra agrícola no Sul e no Sudeste”, afirmou. Ele manteve a previsão de abertura de 3 milhões de empregos com carteira assinada este ano.

Pelos resultados do ano, será necessária uma aceleração a partir de agora para que se confirme a previsão do ministro. De janeiro a julho, na série ajustada, o saldo chega a 1.593.527 postos de trabalho formais, crescimento de 4,43% sobre o estoque – o total de empregos com carteira supera 37,5 milhões. Em 12 meses, são 2.214.130 vagas, alta de 6,27%.

Dos quase 1,6 milhão de vagas abertas em 2011, 622.611 vieram do setor de serviços (4,33% de expansão). O maior crescimento percentual é da agricultura (17,13%), que abriu 255.044 empregos formais, seguida da construção civil, com 218.445 (8,60%). A indústria de transformação criou 289.174 empregos (3,61%) e o comércio 157.900 (1,96%).

Ainda no acumulado do ano, entre as unidades da federação, apenas Alagoas mostra resultado negativo (-26.357 vagas). São Paulo criou 580.078 empregos formais, seguido de Minas Gerais (227.238), Rio de Janeiro (113.723) e Paraná (108.119). A região Sudeste concentra quase 60% dos postos de trabalho com carteira assinada.

Considerados os últimos 12 meses, o crescimento do mercado formal é mais equilibrado. Foram 983.916 vagas abertas em serviços (7,01%), 553.056 no comércio (7,22%), 361.136 na indústria (4,56%) e 230.635 (na construção civil). A agricultura criou 40.083 (2,35%).

Em julho, todos os setores registraram crescimento, ainda que modesto. A indústria, por exemplo, teve alta de 0,29% (23.610 vagas). “A indústria de transformação sentiu receio por conta das notícias da crise norte-americana, mas o governo federal já agiu a respeito e o resultado virá”, disse Lupi. “Agosto será bem melhor do que julho, e poderemos confirmar que o mercado de trabalho não está desacelerando”, acrescentou.

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