Empresas têm 30 dias para apresentar proposta para telecomunicações em SP

São Paulo – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reuniu-se hoje (5) com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia […]

São Paulo – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reuniu-se hoje (5) com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e do Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, além de representantes das empresas Oi, Tim, Claro e Vivo. A reunião tratou da intenção da prefeitura de estabelecer políticas na área de comunicação e auxiliar com a implementação de uma rede de wi-fi na cidade, planejada pela Secretaria Municipal de Serviços. 

A ideia é que as empresas ajudem a desenvolver infraestrutura, melhorem serviços como cobertura de acesso sem fio à internet e, em contrapartida, a prefeitura flexibilizaria as regras para instalação de antenas na cidade mais modernas do que os sistemas atuais. 

Segundo Bernardo, o ministério vai ajudar a mediar a proposta das empresas do ponto de vista técnico. “Foi dado um prazo de 30 dias. Vamos dar um parecer sobre o que as empresas estão pedindo, o que achamos positivo, razoável, o que deve ser atendido e o que achamos que é exagerado”, explicou. “Em 30 dias teremos uma minuta.”

“O prefeito me disse que tem abertura para discutir (na Câmara Municipal) mudança na legislação. Ele me falou da intenção da prefeitura de estabelecer políticas públicas na área de comunicação, por exemplo uma rede de wi-fi na cidade”, disse o ministro. 

Paulo Bernardo afirmou ter dito a Haddad que a questão tecnológica precisa ser resolvida sob o risco de o prefeito ser responsabilizado por eventuais problemas. “Eu disse ao prefeito: ‘você quer uma rede de wi-fi na cidade, mas se fizer uma rede chinfrim, o pessoal vai fazer uma festa, inaugura, dali a dois meses vai começar a reclamar que a internet é muito lenta. Vão falar mal de quem? Vão falar do Fernando Haddad.”

Bernardo defendeu a ideia de as empresas compartilharem o desenvolvimento de infraestrutura no país. “Num país com o tamanho do Brasil, achar que cada um tem que fazer é um contrassenso. Para atender às necessidades do país em infraestrutura de telecomunicações nos próximos dez anos precisaríamos fazer só de redes de fibra-ótica R$ 80 bilhões de reais de investimento. Se fizer compartilhamento é mais sensato”, disse.

O ministro das Comunicações comentou também as questões relativas a sua pasta e a Copa do Mundo. Segundo ele, há alguns atrasos e problemas. Ainda não há em alguns estádios a sala reservada para a Telebrás instalar a central de comunicações, a rede que a Fifa vai usar para gerar as imagens. “As salas não tinham sido entregues em vários estádios.” Após a reunião com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o problema das salas está sendo resolvido, segundo Bernardo.

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