Para líder do PT, demissão dispensa Palocci de novas explicações ao Congresso

São Paulo – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, considera a crise política encerrada a partir do pedido de demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio […]

São Paulo – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, considera a crise política encerrada a partir do pedido de demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. O parlamentar paulista entende que a saída dispensa-o de prestar novos esclarecimentos ao Congresso Nacional. Ele considera que “foi um gesto nobre” da parte de Palocci deixar o cargo, já que “remanescia um problema político” por conta das suspeitas contra ele.

Palocci pediu afastamento do cargo no início desta terça-feira (7). Em seu lugar, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) assume o posto, tornando-se a décima mulher no primeiro escalão do governo Dilma Rousseff. Ele não resistiu mesmo depois de a Procuradoria-Geral da República arquivar representações contra o ministro, na segunda-feira (6).

Para Teixeira, a pressão da oposição para convocar Palocci deixa de ter razão de ser. “A discussão da convocação era na condição de ministro”, justificou, em entrevista à Globo News. Ele foi um dos primeiros a ser informado pelo próprio ex-ministro sobre o afastamento. “Todas as explicações foram dadas e o governo segue”, disse.

“Depois de todas as explicações que afastaram suspeitas de problemas legais e de ética, a crise ficou, não no governo, mas na pessoa dele”, avaliou o líder petista. Para ele, poderia haver problemas caso a articulação política do governo fosse conduzida por Palocci após todo o desgaste provocado pelo caso.

O líder do DEM na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), declarou que a saída de Palocci não encerra a necessidade de esclarecimentos. Nesta terça-feira, ainda antes da confirmação da saída do ministro, a aprovação do pedido de convocação para a Comissão de Agricultura da Casa havia sido cancelada pelo presidente Marco Maia (PT-RS). Ele costurou um acordo para tornar em convite o pedido da oposição, alegando que o requerimento não foi apresentado com mais de 24 horas de antecedência.

Serviço prestado

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, considerou que a saída de Palocci “reafirma o alto espírito público de sua conduta”. Em nota publicada no site do partido, ele destacou que a decisão foi tomada depois do parecer do procurador-geral. “Ao avaliar que a exploração política dos adversários em torno de sua permanência poderia prejudicar o governo, o companheiro Palocci preferiu afastar-se. Antes, como agora, o ministro tem toda a nossa solidariedade, tanto mais diante do gesto que só o engrandece”, declarou.

 

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