Nova ministra da Casa Civil defende papel maior da mulher na política

“Assumo um compromisso com a presidenta e com o meu país”, afirmou a nova ministra (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado) São Paulo – Ao assumir o cargo de ministra-chefe da Casa […]

“Assumo um compromisso com a presidenta e com o meu país”, afirmou a nova ministra (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

São Paulo – Ao assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil após a saída de Antonio Palocci, a senadora Gleisi Hoffmann torna-se a décima mulher a ocupar uma cadeira na Esplanada dos Ministérios. Ela estará entre 26 ministros homens, entre os quais seu marido Paulo Bernardo, titular  das Comunicações.

Em rápida entrevista coletiva no início da noite desta terça-feira (7), Gleisi afirmou que terá um papel de gestora dos projetos do governo. “Eu recebi o convite da presidenta Dilma que me honrou muito. Ela confia na capacidade do meu trabalho. Assumo um compromisso com a presidenta e um compromisso com o meu país. Dilma me encomendou um trabalho de gestão, de acompanhamento de projetos, e assim espero corresponder”.

Gleisi tem 45 anos, é advogada, e foi eleita no último pleito com 29,5% dos votos para uma das vagas do Paraná ao Senado. Em seu lugar, o primeiro suplente, Sérgio Souza (PMDB-PR), assume o posto, aumentando a bancada peemedebista na Casa. A senadora ocupou cargo no governo do estado de Mato Grosso do Sul e na prefeitura de Londrina (PR), onde foi secretária de Gestão Pública. Em 2008 tornou-se presidente do PT no Paraná.

Defensora ferrenha do aumento do papel feminino na política, Gleisi, em entrevista à Rede Brasil Atual, declarou que a representatividade feminina no Congresso Nacional deve-se à falta de incentivo para que as mulheres iniciem uma vida política. Ela defende que a representação feminina seja a mesma que o número de homens. “Para as mulheres também garantirem voz e espaço na política, ações de fomentação são necessárias para uma maior representação feminina.”

Em março deste ano, Gleisi apresentou  um projeto de lei que propõe aposentadoria simplificada para donas de casa. Ela defendeu a lei por” reconhecimento e gratidão” para as donas de casa que têm um trabalho decente e nunca tiveram espaço na sociedade.

A nova ministra-chefe da Casa Civil começou sua atuação no governo federal como diretora financeira da Itaipu Binacional, cargo que ocupou até 2006, no mesmo ano em que  decidiu disputar seu primeiro cargo eletivo para uma vaga no Senado Federal. Na ocasião, porém, ela não obteve a votação necessária.