Palestinos acreditam que terão nove votos no Conselho de Segurança da ONU

Apoio é necessário para aprovar resolução de criar Estado da Palestina. Ainda que isso aconteça, é provável que os Estados Unidos usem seu poder de veto

São Paulo – Os palestinos mostram-se confiantes de que alcançarão o número de votos necessários para aprovar a criação do Estado da Palestina no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A demanda será apresentada e analisada nesta sexta-feira (23), em Nova York, e é necessário obter apoio de nove dos 15 membros para aprovação.

“Estamos trabalhando para isso (garantir os nove votos) e acho que conseguiremos”, desafiou o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki. A proposta enfrenta dura oposição de Israel e de seu principal aliado, os Estados Unidos. Os norte-americanos já indicaram que vão exercer seu poder de veto à iniciativa, ainda que ela alcance o número necessário de votos.

Malki, porém, afirmou a jornalistas que não considera imutável a posição dos Estados Unidos. “Esperamos que os Estados Unidos revisem sua posição e fiquem do lado da maioria das nações ou países que querem o apoio ao direito palestino de obter autodeterminação e independência”, sugeriu.

Além dos Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França e China têm a possibilidade de vetar resoluções. Há indicações de que esses outros membros tendem a apoiar a candidatura palestina à condição de Estado pleno. O Brasil ocupa atualmente uma das vagas rotativas do Conselho de Segurança da ONU e já anunciou que votará a favor do pleito palestino.

Autoridades israelenses trabalham contra a medida, atribuindo-lhe interesse de deslegitimar o Estado judaico. Eles acreditam que os palestinos terão dificuldades para garantir o número mínimo necessário.

Formalmente, a demanda será apresentada pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. O pedido de inscrição do Estado palestino como membro pleno da ONU será entregue ao secretário-geral da organização, Ban Ki-Moon. O objetivo é abrir portas para novas conversas de paz com Israel, mas desta vez em condição de igualdade, como dois Estados soberanos.

Com informações da Reuters

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