Brasília – Um dos homens mais procurados do mundo, o fundador e líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, teve o corpo submetido a um funeral no mar, segundo a imprensa dos Estados Unidos. De acordo com o jornal New York Times e a agência de notícias Associated Press, a cerimônia seguiu os preceitos muçulmanos de enterrar o corpo no mesmo dia da morte. Antes, ele teria sido identificado por meio de testes de DNA.

As autoridades norte-americanas não identificadas nas reportagens justificaram a medida informando que seria difícil encontrar um país que aceitasse receber o corpo de um dos mais procurados líderes extremistas do mundo. A opção explicaria por que o corpo, mantido sob custódia do Exército depois da operação, não foi ainda exibido.

A informação a respeito da confirmação de que Bin Laden realmente foi vitimado por soldados dos Estados Unidos no Paquistão também foi fornecida à imprensa sob condição de anonimato. Uma alta fonte de inteligência dos EUA disse a repórteres nesta segunda-feira. Os exames de DNA “mostraram praticamente 100% de ligação dele com seus familiares”, segundo disse essa fonte à Reuters. Uma mulher que seria uma das esposas do líder da Al Qaeda o teria identificado pelo nome. Mais cedo, outra autoridade dos EUA havia feito referências a exames iniciais de DNA que mostrariam “correspondência muito confiável” com o líder da Al Qaeda.

Em pronunciamento transmitido em cadeia nacional de TV na noite de domingo (1º), às 23h35 de Washington (0h35 do horário do Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do líder da Al Qaeda. Ele foi morto em  Abbottabad, a 150 quilômetros de Islamabad, capital do Paquistão.

Depois do anúncio de Obama, multidões foram às ruas em Washington e Nova York – cidades atingidas pelos ataques de 11 de setembro de 2001, no qual cerca de 3 mil pessoas morreram – para festejar a morte de Bin Laden.

Além de ter sido o principal mentor dos atentados de 11 de setembro, Bin Laden é acusado de outros ataques, entre eles as explosões em duas embaixadas americanas no Leste da África em 1998.

Documentos

As forças armadas dos Estados Unidos estão analisando uma grande quantidade de material apreendida no local onde soldados norte-americanos mataram Bin Laden, ainda segundo a autoridade ouvida pela Reuters. “Esse material está sendo explorado e analisado, e uma força-tarefa será criada pela CIA… devido ao volume de material apreendido no local da operação”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil e Reuters